O governo de Eduardo Leite (PSDB) ganhou dois novos secretários em pastas que protagonizam os extremos da pandemia. Silvana Covatti assumiu a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural - sucedendo o filho Luis Antonio Covatti, o Covatti Filho -, setor que como ela mesma disse "é o PIB do Estado" e
terá novo recorde de colheita este ano. Já Ronaldo Santini já responde pela recém recriada Secretaria de Turismo, atividade mais afetada pela crise sanitária.
Na posse, feita por meio digital em transmissão pelo YouTube, Leite e Santini se apressaram em projetar que haverá mais medidas para ajudar o segmento, que vai de bares e restaurantes a hotelaria e locais de visitação e passeios, que atraíam visitantes do Brasil e até Exterior, como as regiões de Gramado, Canela e de Bento Gonçalves, com o repertório da uva e do vinho.
"Toda a cadeia está fortemente afetada, pois é da natureza da atividade a aglomeração, que neste momento não é recomendado", lamentou o governador Eduardo Leite.
Com as restrições da bandeira preta que devem se manter ainda nas próximas semanas antes de recuo mais forte dos indicadores do novo coronavírus, a operação de parques e áreas de eventos estão proibidas. Leite recebeu pedidos para a abertura para as vendas de Páscoa, mas não cedeu.
Santini diz que já estava planejando ações e que anunciará nos próximos dias. "Vamos iniciar um traballho de retomada de confiança", projetou o titular do Turismo, sem dar mais detalhes.
Covatti Filho, que era o secretário mais jovem do governo, mais que o próprio governador, que tem 35 anos, como Leite costumava registrar e repetiu a observação nesta terça-feira, fez questão de destacar que sua mãe será a primeira mulher a dirigir a pasta.
"Como me disseram: vai ser a mãe recebendo o legado do filho", citou a nova titular, que reforçou que vai seguir a linha de atuação e manterá o diálogo com os setores do agronegócio. O trabalho de fiscalização será decisivo para fazer valer a condição sanitária de área livre sem vacinação.
Com isso, o governo passa de quatro para seis mulheres no comando de secretarias entre as 25 existentes. Mesmo assim, a supremacia masculina impera. Elas respondem agora um quarto das estruturas que integram o primeiro escalão do governo. As outras ocupantes são Tânia Moreira, da Comunicação, Regina Becker, de Trabalho e Assistência Social, Beatriz Araujo, da Cultura, e Ana Amélia Lemos, de Relações Federativas e Internacionais.