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Economia

- Publicada em 30 de Março de 2021 às 03:00

Entidades de alimentação e hotéis pedem ajuda

Sindicatos cobram linhas de crédito efetivas e desburocratizadas para restaurantes e hotéis

Sindicatos cobram linhas de crédito efetivas e desburocratizadas para restaurantes e hotéis


Marcelo Camargo/Agência Brasil/JC
Entidades dos setores de alimentação e hotelaria se pronunciaram nesta segunda-feira (29) cobrando ações mais assertivas do governo estadual para ajudar a combater os impactos da pandemia de Covid-19 nas áreas, diretamente afetadas pelas restrições de circulação de pessoas.
Entidades dos setores de alimentação e hotelaria se pronunciaram nesta segunda-feira (29) cobrando ações mais assertivas do governo estadual para ajudar a combater os impactos da pandemia de Covid-19 nas áreas, diretamente afetadas pelas restrições de circulação de pessoas.
Representantes de 13 sindicatos de hotéis, restaurantes, bares e similares gaúchos assinaram uma carta, publicada ontem, que afirma que os setores já estão vivendo um colapso. "Pessoas não passam pelas cidades e não se hospedam nos hotéis; moradores não circulam pela cidade e não frequentam seus restaurantes e bares favoritos. Estamos presos e sem perspectiva, enquanto um ou outro segmento ainda consegue seguir em frente", diz o texto, explicando que as áreas de hotelaria e alimentação vivem um cenário de demissão, aumento do endividamento para pagar outras dívidas, e faturamento que não cobre os custos da abertura, e não encontram no governo as políticas necessárias para garantir a viabilidade de seus negócios. "Tomamos medidas extremas diariamente quando só queríamos trabalhar e receber algum tipo de suporte efetivo de quem deveria ajudar", informa o comunicado, citando os mais de 220 mil empregos diretos gerados pelas duas áreas.
Os sindicatos cobram que hotéis e restaurantes possam ter acesso a linhas de financiamento "verdadeiras, efetivas, estruturantes, desburocratizadas e reais", além de permissão de funcionamento por maior período, até as 22h e também nos finais de semana. O texto também pede que espaços públicos e pontos turísticos voltem a receber população local e turistas, com protocolos sanitários e de segurança, e também maior punição para eventos como festas clandestinas, transportes coletivos lotados e outras situações de alto contágio. "Seremos os últimos a sentir qualquer retomada na prática, quando turistas e população local começarem a se sentir minimamente confortáveis. Até lá, precisamos de ações estruturantes, reais e urgentes", cobram os presidentes dos sindicatos.
A carta pública não foi a única ação tomada pelo setor de alimentação. Em reunião com o chefe da Casa Civil do Governo Estadual, Artur Lemos, a presidente da setorial gaúcha da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-RS), Maria Fernanda Tartoni, junto a dirigentes da entidade, encaminhou ao secretário as reivindicações que a entidade considera fundamentais para o setor no atual momento. Dentre elas estão a isenção do ICMS; suspensão de juros e multas, e também de cortes de energia e água; parcelamento de dívidas; redução da alíquota de insumos do setor; ampliação dos horários de funcionamento; e acesso a crédito - incluindo para negativados - com juros baixos, com carência de dois anos e 60 meses para pagar.
De acordo com a Abrasel-RS, Lemos se comprometeu a buscar respostas sobre as demandas que estão na alçada do poder público estadual, como por exemplo o corte de água que é responsabilidade da Corsan. Lemos também afirmou que vai pleitear junto à Aneel para não se aplicar multas e juros e também não cortar o serviço, e verificar junto à CEEE a possibilidade de parcelamento dessas contas.
Sobre a alíquota do ICMS, Lemos vai levar a demanda a Secretaria da Fazenda para que verifiquem como seria possível identificar somente o setor de serviços e a viabilidade desse pedido. Também vai se buscar conversa com bancos para melhorar as formas de acesso a financiamentos, além de outras formas de garantir funding para criar novas linhas de crédito. Em relação ao aumento do horário de funcionamento, Lemos pediu cautela para evitar que se chegue no inverno sem o achatamento da curva de contágio.
 
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