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Economia

- Publicada em 29 de Março de 2021 às 19:08

'O colapso já chegou. Nos deixem abrir as portas', apelam setores de turismo e gastronomia no RS

Regiões turísticas como a da uva e do vinho assinam documento que cobra mais ações do governo

Regiões turísticas como a da uva e do vinho assinam documento que cobra mais ações do governo


alessandro manzoni/divulgação/jc
Documento assinado por 13 entidades de alimentação e hotelaria, incluindo as maiores regiões turísticas do Rio Grande do Sul, cobra de forma contundente do governo Eduardo Leite medidas que revertam a crise financeira devido às restrições da pandemia.
Documento assinado por 13 entidades de alimentação e hotelaria, incluindo as maiores regiões turísticas do Rio Grande do Sul, cobra de forma contundente do governo Eduardo Leite medidas que revertam a crise financeira devido às restrições da pandemia.
Nesta segunda-feira (29), o Estado ultrapassou 19 mil mortes por Covid-19
Um dos pedidos é de abertura em mais horários em dias da semana e em fins de semana, que estão restritos devido à bandeira preta. Os segmentos pedem mais financiamentos e ampliação de ações, além das previstas no pacote que será enviado à Assembleia Legislativa de um auxílio emergencial gaúcho que atinge faixas de empresas e desempregados dos setores. 
O pacote foi anunciado na sexta-feira (26) e, no mesmo dia, obteve o reconhecimento de organizações de serviços de gastronomia e hospedagem e indicação de que são necessárias mais ações.        
"Não falaremos mais que estamos à beira de um colapso, pois o colapso já chegou", adverte a "carta aberta à população assinada por dirigentes de sindicatos de hotéis de Erechim, Garibaldi, Novo Hamburgo, Osório, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre (hotéis e de Alimentação), Santa Maria, Santo Ângelo, Uruguaiana e das regiões das Hortênsias e da Uva e Vinho.
"Reiteramos: nos deem condições financeiras de trabalhar. Nos deixem trabalhar, nos deixem abrir as portas. Nos deixem abrir as portas', apelam os dirigentes que assinam o documento. Os interlocutores apontam que o Estado vive "tempos de exceção", o que exigiria "medidas de exceção". 
A ampliação de operação é proposta até as 22h e sábados e domingos. Também é pedida a liberação para fluxo de turistas em espaços públicos e pontos turísticos. "Circulação controlada e com medidas sanitárias cabíveis", garantem as entidades, que também exigiram mais fiscalização e punição a quem desrespeita as regras.
O documento cita que são mais de 25 mil empresas de alimentação e hospedagem no mercado estadual que geram mais de 220 mil empregos diretos. A renda dos postos atinge cerca de 880 mil pessoas, dimensiona da carta aberta.
"São setores que desde 2016 já amargavam uma crise econômica aliada a altos custos. Não pensem que este é mais um relato sobre dificuldades. É um manifesto em alto e bom som de indignação. E de total esgotamento do setor", reforça a manifestação.  

Páscoa restrita e mais abertura no inverno, projeta governador 

As medidas em vigor do distanciamento controlado proíbem a operação de parques e também a permanência em praias. A manutenção das regras mais duras em um ano de pandemia se deve à continuidade de indicadores de saúde que são os piores da crise sanitária. O governador Eduardo Leite sinalizou, em live no Instagram no sábado (27), que as restrições devem se manter por mais duas a três semanas.
Ele resolveu fazer a transmissão do Palácio Piratini, onde reside, para responder a postagens falsas de que ele estaria em uma festa em Gramado. "Tô em casa e espero que todos estejam evitando aglomeração."
Na Capital, o prefeito Sebastião Melo tentou abrir no fim de semana, mas foi alvo de ação do Ministério Público e determinação judicial contra o decreto municipal.
"Tem dados para entrar ainda de duas semanas atrás e ainda estão num patamar mais alto", observou Leite, sobre os indicadores, citando que as internações clínicas estão reduzindo, mas as UTIs registram grande ocupação.
"Vamos liberando as atividades se a situação crítica passar", condicionou ele, comentando ainda que a transmissão do vírus perdeu força, com taxa perto de um (cada pessoa infectada transmite para uma pessoa). "É uma boa informação. As medidas que fizemos estão dando bons resultados", credita o governador.
Leite citou pedidos de segmentos para a abertura nas regiões turísticas, justificando que as restrições que se estendem na Semana Santa, atingindo a venda de chocolates, servem para manter a redução mais forte de casos e menor pressão no sistema de daúde.
"A Serra queria ter mais liberdade para vender chocolate. Se quiserem aproveitar a Páscoa sem cuidado, vai comprometer o inverno que terá mais fins de semana. Essa é a responsabilidade", tentou mostrar Leite, sinalizando os demais meses da temporada que gera a maior movimentação na região.  
"Garantir a redução agora para quando chegar o inverno, quando terá mais vacina e uma situação melhor, liberar mais atividades econômicas", projeta o governador.
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