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Economia

- Publicada em 28 de Março de 2021 às 20:47

Após ensaiar retomada, hotéis buscam alternativas para contornar crise

Torre do Haus von Ritter foi transformado em moradia compartilhada

Torre do Haus von Ritter foi transformado em moradia compartilhada


/JOYCE ROCHA/arquivo/JC
Carlos Villela
Demanda do setor de comércio e serviços, a flexibilização das regras de funcionamento para estabelecimentos durante a bandeira preta ainda não teve um reflexo positivo imediato para o setor de hotelaria, um dos mais prejudicados pela pandemia de Covid-19 no último ano.
Demanda do setor de comércio e serviços, a flexibilização das regras de funcionamento para estabelecimentos durante a bandeira preta ainda não teve um reflexo positivo imediato para o setor de hotelaria, um dos mais prejudicados pela pandemia de Covid-19 no último ano.
Presidente da setorial gaúcha da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RS), o empresário José Reinaldo Ritter afirma que o retorno do setor ainda é muito lento. Ele explica que o segmento começou a perceber uma leve melhora no início do mês de março, mas a instauração da bandeira preta em todo o Estado após a piora nas estatísticas prejudicou o movimento. "Se ensaiou uma pequena recuperação no começo do ano, mas infelizmente não foi o que aconteceu. a situação ficou ainda pior, então não tem como prever nada." Para Ritter, a dificuldade em definir ou manter os critérios para fechamento de atividades dificulta o planejamento do setor de hospedagem, que na atual circunstância deveria calcular todos seus passos. "Agora vamos aguardar, para ver se não tem nenhuma novidade. A gente não sabe o que passa na cabeça dos governantes, já que não se mantém uma situação estável para a gente ao menos prever o que vai acontecer", argumenta. Atualmente, hotéis podem atender com restrição de público, mas com impedimento do uso de áreas comuns.
Também diretor da Ritter Hotéis, ele conta que muitos locais de hospedagem estão buscando uma maneira de tentar contornar os impactos da pandemia nas finanças através de uma nova forma de atuação. No caso do grupo Ritter, em setembro do ano passado foi inaugurado o novo empreendimento do grupo, a Haus von Ritter, transformando uma das torres do empreendimento em frente à rodoviária de Porto Alegre em um local de moradia compartilhada (o chamado coliving) com sistema de pay-per-use para os benefícios oferecidos.
A diretora da rede Master de hotéis, Lívia Trois, tem a mesma visão sobre o retorno das atividades. "Esse último ano foi muito difícil, tivemos uma queda de 90% na nossa produção, e é um setor que normalmente sofre com sazonalidade", argumenta. A rede também está operando no modelo de residência temporária, oferecendo o serviço de "Moradia Descomplicada" nas unidades de Curitiba e no Master Express Cidade Baixa, na esquina das ruas Sarmento Leite e Lima e Silva, na Capital.
Segundo ela, havia uma preparação para uma pequena melhoria em março, como a possibilidade de realizar mais eventos presenciais - que, mesmo em formato restrito ou híbrido e com limitação de público, se tornaram uma das principais fontes de renda dos hotéis em um período de baixíssima ocupação. Na perspectiva de Lívia, a incerteza deve se estender até a metade do ano, prevendo uma retomada de negócios a partir de agosto.
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