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Economia

- Publicada em 25 de Março de 2021 às 18:12

Dólar fecha a R$ 5,6705, em alta de 0,55%, com tensão política no radar

O dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,55%, cotado a R$ 5,6705

O dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,55%, cotado a R$ 5,6705


MARCELLO CASAL JR/ABR/JC
Agência Estado
O dólar passou a etapa vespertina dos negócios pressionado, mais perto das máximas da sessão (R$ 5,68), indicando o sentimento de cautela dos investidores pelo aumento da tensão política e com preocupações sobre o quadro fiscal diante de pressões por mais gastos para enfrentar a grave pandemia no Brasil - e que podem colocar novamente o teto de gastos em risco. Além disso, especialistas em câmbio disseram que também pesou a indicação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que o nível do câmbio não influencia a autoridade monetária a fazer um ajuste nos juros maior ou menor.
O dólar passou a etapa vespertina dos negócios pressionado, mais perto das máximas da sessão (R$ 5,68), indicando o sentimento de cautela dos investidores pelo aumento da tensão política e com preocupações sobre o quadro fiscal diante de pressões por mais gastos para enfrentar a grave pandemia no Brasil - e que podem colocar novamente o teto de gastos em risco. Além disso, especialistas em câmbio disseram que também pesou a indicação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que o nível do câmbio não influencia a autoridade monetária a fazer um ajuste nos juros maior ou menor.
Para Vanei Nagem, gestor de câmbio da Terra Investimentos, o cenário político está muito ruim e o temor que deixa os investidores ressabiados é que o presidente Jair Bolsonaro perca a governabilidade para o Centrão.
Após o discurso da quarta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), dando demonstração de "insatisfação" em relação à condução da crise sanitária pelo governo, nesta quinta o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), cobrou mudanças na política do Ministério de Relações Exteriores (MRE) depois de depoimento do chanceler Ernesto Araújo aos senadores na quarta-feira.
Nagem também afirmou que a possibilidade de haver uma extensão das restrições em São Paulo e em várias outras partes do país deixa de sobreaviso quanto aos impactos sobre a retomada da economia. "Já começam a precificar o baque econômico antes", disse.
Sobre as declarações de Campos Neto, o gestor de câmbio afirmou que a indicação de que não deve elevar a taxa Selic para além dos 0,75 ponto porcentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) fez o dólar esticar a ponto de o BC ter de intervir. Pela manhã, a autoridade monetária vendeu o lote integral de US$ 3 bilhões ofertados em três leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra).
Ao mesmo tempo, moedas de emergentes pares do real seguiram desvalorizadas frente ao dólar durante a sessão, com destaque para a lira turca, frente a qual o dólar subia 0,56%, às 16h55.
Por aqui, o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,55%, cotado a R$ 5,6705, tendo oscilado entre a máxima de R$ 5,6817 e a mínima de R$ 5,6193.
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