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Economia

- Publicada em 22 de Março de 2021 às 21:35

Para bares e restaurantes, permissões da cogestão ainda são insuficientes

Abrir ao público somente no horário do almoço reduz o faturamento

Abrir ao público somente no horário do almoço reduz o faturamento


/Marcelo Camargo/Agência Brasil/JC
João Pedro Rodrigues
A volta do sistema de cogestão regional não tranquilizou o setor de bares e restaurantes do Rio Grande do Sul, que ainda se preocupa com a permanência das restrições impostas às suas atividades. A nova mudança, apresentada na sexta-feira passada pelo governador Eduardo Leite, possibilita aos estabelecimentos abrirem as suas portas para os clientes, com restrições, de segunda à sexta-feira, das 5h às 18h. Das 18h às 20h, somente poderão atuar com o pague e leve e o delivery, e, das 20h às 5h, somente delivery. Aos sábados, domingos e feriados, não podem abrir para o atendimento presencial.
A volta do sistema de cogestão regional não tranquilizou o setor de bares e restaurantes do Rio Grande do Sul, que ainda se preocupa com a permanência das restrições impostas às suas atividades. A nova mudança, apresentada na sexta-feira passada pelo governador Eduardo Leite, possibilita aos estabelecimentos abrirem as suas portas para os clientes, com restrições, de segunda à sexta-feira, das 5h às 18h. Das 18h às 20h, somente poderão atuar com o pague e leve e o delivery, e, das 20h às 5h, somente delivery. Aos sábados, domingos e feriados, não podem abrir para o atendimento presencial.
Segundo Maria Fernanda Tartoni, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel-RS), a flexibilização, mesmo que bem-vinda, ainda é insuficiente para o segmento. "Trabalhar de segunda a sexta só no horário do almoço ajuda uma parcela muito pequena no faturamento do setor. Nós precisamos de uma flexibilização de horários ainda maior", avalia.
Este prejuízo no faturamento está relacionado à impossibilidade dos estabelecimentos abrirem durante a noite e aos finais de semana, períodos em que há maior movimento nos bares e restaurantes. Maria Fernanda explica que isto representa 70% da receita, dependendo do formato de negócio do empreendedor. Dessa forma, o setor, agora, estaria atuando para receber apenas os 30% restantes, que, em função da pandemia, já representam valores menores.
Além disso, Maria Fernanda destaca que, mesmo que o restaurante tenha como foco o atendimento no horário de almoço durante a semana, como é o caso de muitos estabelecimentos localizados no Centro da Capital, há um prejuízo devido à queda no número dos seus clientes. Isso porque os consumidores são, em grande parte, trabalhadores locais que agora estão em home office ou possuem menores condições financeiras para gastar.
"Está muito difícil nos mantermos em pé. Se a flexibilização não vier logo ou se não tivermos ajudas financeiras para socorrer o setor, nós vamos sucumbir. Mais gente vai quebrar, mais gente vai fechar", prevê. "Precisamos de ajuda do governo para tentar nos mantermos, porque, depois de um ano inteiro amargando prejuízo, um dia a mais é duro para o nosso setor", completa a presidente da Abrasel-RS.
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