Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 15 de Março de 2021 às 21:43

Reajustes dos combustíveis pesam na inflação mensal

Gasolina respondeu por metade do IPCA de fevereiro na Capital

Gasolina respondeu por metade do IPCA de fevereiro na Capital


/MARIANA ALVES/JC
Vinicius Appel
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou 0,86% no mês de fevereiro, em Porto Alegre, ante 0,25% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A gasolina, que já foi reajustada nas refinarias seis vezes desde janeiro, teve forte influência na inflação, representando a metade do índice da Capital, com 0,43%. Já há postos cobrando R$ 6,00 o litro da gasolina em Porto Alegre. Para segurar a inflação, a expectativa é de que Comitê de Política Monetária (Copom) decida amanhã por aumentar a Selic.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou 0,86% no mês de fevereiro, em Porto Alegre, ante 0,25% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A gasolina, que já foi reajustada nas refinarias seis vezes desde janeiro, teve forte influência na inflação, representando a metade do índice da Capital, com 0,43%. Já há postos cobrando R$ 6,00 o litro da gasolina em Porto Alegre. Para segurar a inflação, a expectativa é de que Comitê de Política Monetária (Copom) decida amanhã por aumentar a Selic.
O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), André Braz, alerta que, em razão do transporte rodoviário, o aumento no preço dos combustíveis pode influenciar no valor de diversos produtos. "Havendo aumento do diesel, aumenta o frete e isso pode ter uma implicação no preço de tudo que é transportado", afirma o economista. De acordo com o gerente do IPCA, Pedro Kislanov, não é possível determinar com precisão quais itens terão alta por conta do custo de transporte, mas existe a possibilidade de que produtos alimentícios fiquem mais caros. O economista afirma que o maior impacto da alta no índice foi no grupo dos transportes puxado, justamente, pela gasolina.
Os reajustes de preço dos combustíveis anunciados neste mês deverão influenciar o resultado da inflação de março, chegando nos alimentos. Braz afirma que ainda não se sabe qual é o tamanho do impacto, mas afirma que, se for feita uma soma do reflexo destes reajustes, não será pequeno. Outro risco é uma elevação no valor do transporte de passageiros. Braz ressalta que o diesel, que registrou cinco aumentos neste ano, pode impactar em reajustes nas tarifas de ônibus urbano. Assim como a gasolina, que desde junho passado subiu 28% e, por conta disso, pode deixar o transporte por aplicativo mais caro.
Como o País passa por um cenário de incerteza em relação a medidas restritivas e ao desemprego, é necessário aguardar alguns meses. Kislanov explica que, se a economia estivesse mais aquecida, uma alta no preço da gasolina e de outros produtos poderia ser sentida mais sutilmente.
O gerente do IPCA afirma que o avanço da vacinação no Brasil pode levar a uma melhora econômica, com a retirada das restrições.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO