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Economia

- Publicada em 04 de Março de 2021 às 19:08

Dólar reduz queda com discurso de Powell e fecha em R$ 5,65

No mercado futuro, o dólar para abril subiu 0,88%, a R$ 5,6730

No mercado futuro, o dólar para abril subiu 0,88%, a R$ 5,6730


MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/JC
Agência Estado
O câmbio teve novo dia de forte volatilidade, oscilando 14 centavos entra a máxima e a mínima. Pela manhã, prevaleceu o otimismo com a aprovação da PEC Emergencial em primeiro turno no Senado, que hoje foi também aprovada com folga no segundo turno. Com isso, o dólar chegou a cair para R$ 5,54. Perto do final do pregão, o alerta do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell sobre a recuperação ainda lenta da economia americana e o comportamento volátil das taxas de retornos (yields) dos Treasuries provocou movimento de fuga de ativos de risco, pressionando as moedas de emergentes e as bolsas em Nova York.
O câmbio teve novo dia de forte volatilidade, oscilando 14 centavos entra a máxima e a mínima. Pela manhã, prevaleceu o otimismo com a aprovação da PEC Emergencial em primeiro turno no Senado, que hoje foi também aprovada com folga no segundo turno. Com isso, o dólar chegou a cair para R$ 5,54. Perto do final do pregão, o alerta do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell sobre a recuperação ainda lenta da economia americana e o comportamento volátil das taxas de retornos (yields) dos Treasuries provocou movimento de fuga de ativos de risco, pressionando as moedas de emergentes e as bolsas em Nova York.
No fechamento, o dólar à vista encerrou em leve queda de 0,11%, cotado em R$ 5,6582. No mercado futuro, o dólar para abril subiu 0,88%, a R$ 5,6730.
No esperado discurso de Powell, um dos eventos mais aguardados da semana no exterior, em meio a disparada dos yields americanos por conta de temores de aceleração da inflação, o dirigente afirmou que o Fed não quer um "aperto persistente" nas condições financeiras e também disse que ficaria preocupado com movimentos "desordenados" nos yields, que aceleraram as altas com o discurso. Powell avalia que o aumentos de inflação podem ser transitórios e disse que a volatilidade recente no mercado de renda fixa americano chamou sua atenção.
Esse movimento de alta dos yields americanos tem feito investidores internacionais tirarem capital de emergentes, destaca o economista-chefe da Frente Corretora de Câmbio, Fabrizio Velloni. E no caso do Brasil, o mercado interno não tem ajudado os investidores, com aumento forte de incertezas, em meio a dúvidas sobre a situação fiscal e ingerência do governo nas estatais. "A credibilidade do governo diluiu muito. A confiança do investidor externo no Brasil é muito baixa", comenta. Pelo lado positivo, a aprovação da PEC Emergencial agradou. "Tudo que demonstra que o governo não vai estourar o teto de gastos, o mercado vai aliviando um pouco", disse ele, ressaltando também que é preciso ter aumento de arrecadação. Velloni diz que a falta de clareza em Brasília está deixando o mercado muito carente de informação para ter algum direcionamento, por isso os movimentos de forte oscilação nos últimos dias. "A curva de dólar está com uma volatilidade impressionante", disse ele.
Os estrategistas de moedas em Nova York do Barclays avaliam que a crescente incerteza sobre o cenário fiscal do Brasil fez o real ter desempenho bem pior que seus pares nos últimos dias. Mas eles acreditam que agora pode ser um bom ponto de entrada para um posição comprada, via opções, na moeda brasileira, ou seja, apostando na valorização. O ruído político e as incertezas devem seguir altas nos próximos dias, com a discussão do auxílio emergencial e do Orçamento para 2021, mas o arcabouço fiscal tende a ser preservado, ressaltam nesta quinta-feira. "Vemos uma janela de oportunidade para um rali do real assim que a poeira se assentar."
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