No início da tarde desta terça-feira (2), o dólar se aproximava dos R$ 5,70. A moeda norte-americana atingia R$ 5,6981 (+1,00%) no mercado à vista, às 13h em ponto.
O sócio da Acqua Investimentos Bruno Musa atribui a alta do dólar frente o real, bem mais forte que o ajuste positivo da divisa americana ante outras moedas emergentes e ligadas a commodities, à saída de investidores estrangeiros do Brasil, após alta da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos, que gera insegurança nos investidores, rumo aos Treasuries longos dos EUA, cujo rendimento segue em alta, refletindo expectativas de que a inflação acelere e leve bancos centrais a elevar juros.
"Quem vai pagar o aumento da CSLL dos bancos é o tomador de crédito, que ficará mais caro, dificultando ainda mais a retomada da economia", avalia a fonte.
A votação da PEC Emergencial, se vai ser amanhã ou não, é chute, porém, mais cedo ou mais tarde deverá passar no Congresso, com auxílio e compensação de gastos, acredita. Jefferson Rugik, da corretora Correparti, afirma que a elevação da CSLL dos bancos gera insegurança e faz com que o estrangeiro saia do país.
"Tem fuga de capitais, sim. O fluxo financeiro é negativo e há busca de proteção no mercado futuro", observa Rugik.
O dólar futuro para abril subiu até R$ 5,7035 (+0,99%).