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Economia

- Publicada em 24 de Fevereiro de 2021 às 11:41

Alta externa e corporativo permitem alta ao Ibovespa, mas fiscal é risco

Às 11h43min, o Ibovespa caía 0,21%, aos 114.498,85 pontos

Às 11h43min, o Ibovespa caía 0,21%, aos 114.498,85 pontos


NELSON ALMEIDA/AFP/JC
Agência Estado
O Ibovespa dá continuidade à recuperação nesta quarta-feira (24), mas em ritmo mais moderado em relação à véspera, quando fechou com alta de 2,27%, aos 115.227,46 pontos. A cautela permeia os negócios na B3, seja por questões externas, seja por internas.
O Ibovespa dá continuidade à recuperação nesta quarta-feira (24), mas em ritmo mais moderado em relação à véspera, quando fechou com alta de 2,27%, aos 115.227,46 pontos. A cautela permeia os negócios na B3, seja por questões externas, seja por internas.
Lá fora, investidores continuam divididos entre avaliação de que está ocorrendo progresso no processo de vacinação e redução da pandemia de Covid-19 em algumas partes do globo. Por isso, mais uma vez, ficarão de olho na participação do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, em audiência na Câmara, para ver se traz algum sinal nesse sentido.
Além disso, há a espera do balanço da Petrobras, depois do fechamento da B3, para o qual é esperado aumento de 40% em seu lucro, fora uma série de resultados já informados como os da Telefônica Brasil e os da Gerdau. Às 11h43min, o Ibovespa caía 0,21%, aos 114.498,85 pontos, após máxima aos 116.207,59 pontos.
Internamente, o cenário binário reflete o anúncio de capitalização da Eletrobras, de um lado, e, de outro, o impasse em relação à PEC Emergencial para agilizar a retomada do auxílio emergencial. A votação da PEC deve ser adiada para a próxima semana, após uma série de críticas.
Na terça, o presidente da República, Jair Bolsonaro, ao lado de vários ministros, inclusive de Paulo Guedes (Economia), moderou o tom em relação à Petrobras, depois de ter anunciado a troca no comando da estatal, tirando Roberto Castello Branco e indicando o general Joaquim Luna e Silva. O mandatário ainda entregou a medida provisória da capitalização da Eletrobras. As ações da empresas dispararem na véspera na B3.
"As declarações dadas ontem pelo presidente Bolsonaro e a entrega da MP que abre espaço para a privatização da Eletrobras visam reverter o recente mal estar no mercado, na tentativa de reforçar a preservação da agenda econômica", afirma em nota o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria.
As ações da empresa lideravam a corrente das maiores elevações do Ibovespa, com valorização de 10,71% (PNB) e de 9,31% (ON) às 10h40. Os papéis da Petrobras também dão continuidade à recuperação, porém, reduziram há instantes a velocidade de alta para a faixa de 1,7%. Depois do fechamento da B3, será conhecido o balanço da Petrobras.
Outro destaque na B3 é a alta de 3,89% nas ações da Gerdau, após informar lucro líquido consolidado de R$ 1,057 bilhão no quarto trimestre, ou aumento de 939% em relação ao mesmo período de 2019. Já a Telefônica, que também informou balanço, estima conclusão de acordo para compra da Oi móvel no segundo semestre deste ano. A Telefônica Brasil, controladora da Vivo, fechou o quarto trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 1,293 bilhão, o que representa uma ligeira alta de 1,5% em relação ao mesmo período de 2019. As ações da empresa cediam 0,40%.
A despeito de admitir que há algum alívio no mercado após as turbulências agudas observadas na segunda-feira, o economista da Tendências faz ponderações quanto ao quadro fiscal que ainda recomenda cautela. O economista cita as críticas que a PEC Emergencial, pode podem levar ao adiamento da votação no Senado de hoje para a próxima semana.
No exterior, a perspectiva de reabertura de algumas economias se junta à manutenção da preocupação com a aceleração rápida da inflação. Hoje, o PIB da Alemanha cresceu 0,3%, acima do esperado, o que pode gerar cautela quanto a pressões inflacionárias. Ontem, escreve Roberto Artucch Jr., CEO da Ohmresearch, Powell foi claro no sentido de que os EUA ainda estão longe da recuperação do emprego e da inflação. Apesar dos sinais de "reflation" global, também há segurança de que a política vai continuar expansionista e os juros longos não subirão de forma brusca, avalia.
 
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