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Economia

- Publicada em 23 de Fevereiro de 2021 às 18:58

Juros caem com otimismo sobre reformas, elogio de Bolsonaro a Guedes e Powell

Agência Estado
Os juros fecharam a terça-feira (23) em baixa, devolvendo, no entanto, apenas parte do prêmio acumulado nas últimas duas sessões, com fatores externos e locais estimulando ordens de venda. Internamente, a movimentação em Brasília para acelerar a agenda de reformas e privatizações amenizou o desconforto com a questão da troca de comando na Petrobras, enquanto lá fora o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no Senado, foi considerado "tranquilizador", acalmando o estresse no segmento de Treasuries e enfraquecendo o dólar ante moedas emergentes.
Os juros fecharam a terça-feira (23) em baixa, devolvendo, no entanto, apenas parte do prêmio acumulado nas últimas duas sessões, com fatores externos e locais estimulando ordens de venda. Internamente, a movimentação em Brasília para acelerar a agenda de reformas e privatizações amenizou o desconforto com a questão da troca de comando na Petrobras, enquanto lá fora o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no Senado, foi considerado "tranquilizador", acalmando o estresse no segmento de Treasuries e enfraquecendo o dólar ante moedas emergentes.
O leilão de NTN-B, na véspera de divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de fevereiro, foi considerado robusto, com lote grande vendido no papel mais longo.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou em 3,465% (regular e estendida), de 3,538% no ajuste anterior e a do DI para janeiro de 2023 caiu de 5,332% para 5,19% (regular) e 5,18% (estendida). O DI para janeiro de 2025 fechou com taxa de 6,81% (regular) e 6,80% (estendida), de 6,925% na segunda-feira, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 7,50% (regular) e 7,49% (estendida), de 7,574%.
Na sessão estendida, as taxas caíram mais, uma vez que, no fim da tarde, o presidente da República, Jair Bolsonaro, fez defesa do ministro da Economia, Paulo Guedes, considerado pelo mercado o grande fiador da agenda liberal do governo, mas que saiu enfraquecido do episódio da Petrobras. O presidente disse ter contado com ministros para levar à frente propostas no momento difícil da pandemia e que Guedes foi uma das "pessoas mais importantes nessa luta".
Ao longo da sessão, após oscilarem ao redor dos ajustes na etapa matutina, os juros se firmaram em baixa à tarde, em sintonia com o alívio maior no câmbio e sinais positivos sobre as reformas vindos do Congresso. O senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC que vai destravar o auxílio emergencial, protocolou seu parecer, que o Senado deve votar a PEC na quinta. Se houver acordo, os senadores poderão aprovar a medida em dois turnos e enviar o texto para a Câmara logo na sequência.
Apesar do texto prever gatilhos para o teto quando a despesa obrigatória superar 95% do total, há pontos preocupantes, como a autorização para nova rodada do benefício sem redução de gastos para compensação. Porém, o mercado se apegou na percepção de que as reformas estão andando.
"O sentimento é de torcida pelas reformas, com a entrega do relatório, boa perspectiva para a administrativa, e a questão da Eletrobras", disse o gerente da Mesa de Reais da CM Capital, Jefferson Lima. O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou que o governo vai enviar ao Congresso uma Medida Provisória para privatizar a companhia de energia que deve sair ainda nesta terça.
Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Camargo Rosa, a descompressão das taxas teve ajuda de Powell, dando uma "esfriada" no impulso dos Treasuries e ajudando moedas emergentes. "O Fed parece muito firme em não sancionar as expectativas do mercado e manter os juros em níveis superestimlativos", disse.
Powell afirmou que o Fed esperará que a própria inflação atinja a meta de 2%, não as expectativas sobre ela, notando que não espera um salto da inflação no curto prazo. Destacou os riscos de baixa para a economia americana e que a volta ao pleno emprego "não será tarefa fácil".
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