Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2021 às 13:13

Porto Alegre deve ser a primeira capital brasileira a ter mediação na área tributária

Fantinel cita passo inovador para criação de um espaço formal de entendimentos com contribuintes

Fantinel cita passo inovador para criação de um espaço formal de entendimentos com contribuintes


MARIANA ALVES/JC
Porto Alegre poderá ser a primeira capital do País a desenvolver mediação na área tributária. As primeiras mediações, em caráter experimental, devem ocorrer em oito meses, após a conclusão de estudo que será realizado pela Procuradoria-Geral do Município (PGM), Secretaria Municipal da Fazenda (SMF) em parceria com a Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (ABRASF) e a com a Associação Brasileira de Direito Financeiro (ABDF). 
Porto Alegre poderá ser a primeira capital do País a desenvolver mediação na área tributária. As primeiras mediações, em caráter experimental, devem ocorrer em oito meses, após a conclusão de estudo que será realizado pela Procuradoria-Geral do Município (PGM), Secretaria Municipal da Fazenda (SMF) em parceria com a Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (ABRASF) e a com a Associação Brasileira de Direito Financeiro (ABDF). 
Segundo o procurador-geral do Município, Roberto Silva da Rocha, o objetivo é introduzir o mecanismo da mediação no processo administrativo tributário local. “Trata-se de um grande desafio, tendo em vista as limitações que a legislação tributária nos impõe. Mas, em se obtendo êxito, será uma evolução enorme na relação entre o fisco e o contribuinte. A resolução de conflitos de forma amigável na área tributária trará benefícios para os dois lados, evitando a judicialização e agilizando a arrecadação e regularizando a situação fiscal de pessoas físicas e jurídicas”, informa.
Para o secretário municipal da Fazenda, Rodrigo Fantinel, o piloto executivo será um passo inovador e efetivo na criação de um espaço formal e transparente de entendimentos com os contribuintes, definindo qualificações de fatos e interpretações de normas, para evitar discussões administrativas e judiciais longas e custosas.
“Em 2020, o estoque da dívida ativa fechou em R$ 2,2 bilhões, sendo que R$ 1,08 milhão refere-se só a ISS. A meta de arrecadação para 2021 é de R$ 256 milhões. O município arrecadará antes e as empresas se livrarão mais rapidamente do passivo”, diz Fantinel.
Após a realização dos estudos técnicos, devem ser desenvolvidos instrumentos de prevenção de conflitos tributários, com a edição de normas locais e realização das primeiras mediações. O projeto tem coordenação do procurador do Município do Rio de Janeiro Ricardo Almeida.
De acordo com dados da ABDF, atualmente cerca de R$5,5 trilhões são discutidos no contencioso tributário no país. Em média, a discussão de um litígio tributário no Brasil leva 20 anos para ser solucionado, somando o tempo de tramitação nas esferas administrativa e judicial.
Porto Alegre também foi pioneira na criação de uma estrutura formal de conciliação e mediação no âmbito do Poder Público municipal. Em 2016, foi criada a Central de Conciliação da Procuradoria-Geral do Município (PGM), por meio Lei Municipal nº 12.003/2016. A Central é formada por três câmaras: Câmara de Conciliação de Precatórios; Câmara de Mediação e Conciliação e Câmara de Indenizações Administrativas.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO