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Economia

- Publicada em 12 de Fevereiro de 2021 às 19:00

Dólar tem semana volátil com temor fiscal e fluxo externo tem efeito limitado

No mercado futuro, o dólar para março subiu 0,09%, a R$ 5,3735

No mercado futuro, o dólar para março subiu 0,09%, a R$ 5,3735


MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/JC
Agência Estado
Sem detalhes concretos de como o governo pretende reeditar e bancar o programa de auxílio emergencial, o real operou descolado de seus pares no exterior nos últimos dias, mesmo com certo alívio trazido por fluxos de ofertas de ações na B3. O dólar teve uma semana de volatilidade forte no mercado doméstico, não conseguindo firmar tendência. Com isso, acumulou leve queda de 0,21% nos últimos 5 dias, oscilando na casa dos R$ 5,30 a R$ 5,45. Nesta sexta-feira, após almoço conjunto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), falaram do compromisso com reformas e da urgência do auxílio, mas causaram frustração em novamente não dar detalhes de como será feito.
Sem detalhes concretos de como o governo pretende reeditar e bancar o programa de auxílio emergencial, o real operou descolado de seus pares no exterior nos últimos dias, mesmo com certo alívio trazido por fluxos de ofertas de ações na B3. O dólar teve uma semana de volatilidade forte no mercado doméstico, não conseguindo firmar tendência. Com isso, acumulou leve queda de 0,21% nos últimos 5 dias, oscilando na casa dos R$ 5,30 a R$ 5,45. Nesta sexta-feira, após almoço conjunto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), falaram do compromisso com reformas e da urgência do auxílio, mas causaram frustração em novamente não dar detalhes de como será feito.
No fechamento de hoje, a moeda americana caiu 0,26%, a R$ 5,3742. No mercado futuro, o dólar para março subiu 0,09%, a R$ 5,3735.
Como bancos e a Bolsa estarão fechados na segunda e terça-feira de Carnaval, além de ser feriado nos Estados Unidos na segunda, as mesas de câmbio já embutiram na cotação desta sexta a tradicional cautela antes de feriados, com algumas operações de exportadores e tesourarias sendo antecipadas para hoje. Mas o grande tema para o mercado é a situação fiscal do Brasil, que parece não dar mostras de ficar mais clara.
"O Congresso todo embarcou no auxílio. A pressão está muito grande", afirma o economista-chefe da XP Asset, Fernando Genta. Para ele, a briga de Guedes agora é convencer o presidente do Senado a colocar tudo dentro de uma PEC, com contrapartidas. "Um auxilio limitado, de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões, por três ou quatro meses para mim me parece uma barganha justa", ressalta ele, destacando que a maior parte dos recursos dados em 2020 não tiveram, na prática, uso emergencial, indo praticamente parar no varejo. "Mas se isso vier acompanhado de barganha que melhore os arcabouços fiscais, beleza."
Genta argumenta que a moeda brasileira segue muita atrás de outros emergentes, até de países como a África do Sul, com endividamento alto e sem sinal de ajuste fiscal. Mesmo assim, no ano, o dólar sobe 3,6% ante o real, enquanto cai 0,72% perante o rand sul-africano. Para o economista da XP Asset, se o Banco Central voltar a subir os juros, levando a Selic para um patamar ao redor de 4% até o final do ano, o real pode ter alguma melhora.
Nesta sexta-feira, a precificação da abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) da CSN Mineração, que movimentou R$ 4,5 bilhões, sem considerar os lotes extras, ajudou a retirar um pouco de pressão do câmbio hoje, na medida que parte importante dos papéis ficou com estrangeiros. Conforme revelou o Broadcast, a ação saiu no piso do intervalo sugerido aos investidores, R$ 8,50 e R$ 11,35.
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