Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 10 de Fevereiro de 2021 às 16:28

Comércio do RS fechou 2020 em queda, mas teve setor que cresceu na pandemia

Vendas nas lojas de têxteis e confecções caíram 11,7% em dezembro e 28,8% em 2020 no RS

Vendas nas lojas de têxteis e confecções caíram 11,7% em dezembro e 28,8% em 2020 no RS


JOYCE ROCHA/JC
A pandemia deixa marcas que não devem ser esquecidas tão cedo pelo varejo do Rio Grande do Sul, pelo menos aquelas que retratam o primeiro ano da crise sanitária. O varejo gaúcho teve comportamentos extremos, entre fortes quedas e crescimentos mais escasso, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pandemia deixa marcas que não devem ser esquecidas tão cedo pelo varejo do Rio Grande do Sul, pelo menos aquelas que retratam o primeiro ano da crise sanitária. O varejo gaúcho teve comportamentos extremos, entre fortes quedas e crescimentos mais escasso, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O ano teve queda de 2,2% no comércio geral, e de 5,2% no conceito do varejo ampliado, que inclui materiais de construção e veículos. O setore geral ficou abaixo dos números do Brasil, que teve alta de 1,2% no ano. Já o ampliado também teve queda, mas inferior ao setor gaúcho, de 1,5%. Nessa terça-feira (9), o IBGE liberou os indicadores da indústria gaúcha, que também fechou o ano no vermelho, com queda de 5,4%. Serviços tiveram o maior tombo, de 12,7%.  
Em dezembro frente a novembro de 2020, o Rio Grande do Sul ainda sentiu o freio, mesmo com as atividades abertas e ainda no mês do Natal, principal mês de vendas do setor. O comércio em geral teve queda de 3,1%, e o ampliado, que inclui materiais de construção e veículos, de 4,1%. Já frente a dezembro de 2019, o primeiro grupo despencou 6%, e o segundo, 4,7%. Novembro já havia registrado queda de 0,6% em relação a outubro, depois de seis meses de alta.  
O Brasil também ostentou recuo forte no último mês de 2020, de 6,1% no varejo geral e de 3,7% no ampliado. Já no confronto com dezembro de 2019, o varejo normal teve alta de 1,2% e o ampliado, de 2,6%.  
No retrospecto do ano passado, o melhor desempenho foi o de materiais de construção, com alta de 16,5% na comercialização em dezembro e de 8,4% no fechamento do ano. Foi a maior taxa entre todos os setores. Já combustíveis chegaram a despencar 35,4% no último mês do ano passado, fechando o ano com recuo de 9,4%. O IBGE não divulga a comparação com novembro, quando detalha os setores em cada divisão do varejo.    
Logo depois veio a área dos supermercados e estabelecimentos de venda de bebidas e fumo, com avanço de 5,4% nas vendas em 12 meses, mas que ficou quase estável no último mês do ano passado, apresentando alta de 0,2%. As empresas desses setores puderam funcionar o ano todo, por se enquadrarem na categoria de essenciais. A mesma condição do comércio de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, que teve aumento da comercialização de 16,4% em dezembro e de 4% no ano.
No varejo normal, a venda de livros, jornais, revistas e papelaria foi recordista na queda, de 47,2% em dezembro e de 34,3% no ano passado. Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação recuaram 33,9% e 18,8% nos dois recortes de tempo, respectivamente.
Lojas de têxteis e confecções tiveram queda de 11,7% em dezembro e de 28,8% em 12 meses, indicando o peso das restrições que marcaram a atividade, com fechamento de lojas e ainda as regras sanitárias de distanciamento. A venda por e-commerce teve mais impulso.
Já móveis tiveram queda de 2,7% no último mês do ano e de 0,9% em 12 meses, comportamento que pode ter sido influenciado pela movimentação das vendas em materiais de construção, na etapa que envolve a mobília das moradias.
Já o segmento de veículos teve queda de 8,4% em dezembro e de 21,6% em 12 meses na comercialização. A indústria automotiva tem sofrido com o desabastecimento de insumos e estoques mais baixos da história. Novas paradas, além das ocorridas no começo da pandemia, estão previstas para março, como na fábrica da General Motors em Gravataí, que terá férias coletivas.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO