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Economia

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2021 às 18:55

BC injeta US$ 1 bilhão e ameniza alta do dólar, mas moeda vai a R$ 5,38

No mercado futuro, o dólar para março subiu 0,19%, a R$ 5,3820

No mercado futuro, o dólar para março subiu 0,19%, a R$ 5,3820


MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/JC
Agência Estado
O câmbio teve uma tarde agitada, com duas intervenções inesperadas do Banco Central. Com o real operando descolado de seus pares emergentes, por causa do desconforto causado pela situação fiscal do Brasil, e a moeda americana batendo em R$ 5,45, o BC fez dois leilões de swap (venda de dólar no mercado futuro), somando US$ 1 bilhão. As operações conseguiram acalmar o mercado, mas mesmo assim o dólar ainda fechou em alta. Profissionais das mesas de câmbio dizem que leilões serão ineficazes se a situação fiscal não melhorar, sobretudo após a frustração da visão inicial de que o auxílio emergencial teria como contrapartida o avanço do ajuste das contas públicas, o que o Congresso não sinaliza ter interesse em fazer neste momento.
O câmbio teve uma tarde agitada, com duas intervenções inesperadas do Banco Central. Com o real operando descolado de seus pares emergentes, por causa do desconforto causado pela situação fiscal do Brasil, e a moeda americana batendo em R$ 5,45, o BC fez dois leilões de swap (venda de dólar no mercado futuro), somando US$ 1 bilhão. As operações conseguiram acalmar o mercado, mas mesmo assim o dólar ainda fechou em alta. Profissionais das mesas de câmbio dizem que leilões serão ineficazes se a situação fiscal não melhorar, sobretudo após a frustração da visão inicial de que o auxílio emergencial teria como contrapartida o avanço do ajuste das contas públicas, o que o Congresso não sinaliza ter interesse em fazer neste momento.
No encerramento dos negócios, o dólar à vista subiu 0,19%, a R$ 5,3829. No mercado futuro, o dólar para março subiu 0,19%, a R$ 5,3820.
As declarações recentes do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), só contribuem para a visão de que o teto de gastos será furado este ano, avaliam os estrategistas em Nova York do Citigroup.O banco americano prevê que as despesas vão superar o teto em R$ 75 bilhões em 2021, observando que as propostas de emendas constitucionais do governo no Congresso para o ajuste fiscal exigem tempo para aprovação, enquanto a escalada dos casos de coronavírus é rápida, o que aumenta a pressão por programas de transferências de renda.
Ex-chefe do Departamento de Operações de Mercado Aberto do BC, Sergio Goldenstein, colaborador do site de pesquisas Ohmresearch, observa que a intervenção do BC ajuda a conter a alta do dólar, mas será ineficaz se o quadro fiscal piorar. A desvalorização recente do real, ressalta ele em seu Twitter nesta tarde, ocorreu justamente por causa do aumento do risco fiscal, aliado a um juro real "muito fora do lugar".
Além da questão fiscal, a visão de que a alta de juros pode não vir em março, que ganhou força após a divulgação do IPCA de janeiro (0,25%) com número perto do piso das projeções (mediana de 0,30%, a partir de intervalo de 0,24% a 0,54%), provocou pressão no câmbio desde os negócios da manhã. A visão é que sem subir juros, e com as taxas reais negativas, a atração de capital externo do Brasil fica comprometida.
Na avaliação do economista sênior para a América Latina da Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia, o dado de hoje de inflação é uma boa notícia para o BC, que vai tentar segurar a elevação de juros, em meio a uma atividade enfraquecida e um mercado de trabalho deteriorado. "A inflação começou o ano sob controle", afirma Abadia.
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