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Economia

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2021 às 18:14

Medidas sinalizadas por Bolsonaro para combustíveis não contribuem para queda de preços, diz Ineep

Promessa de que governos estaduais não serão afetados torna improvável que as medidas tenham impacto significativo sobre os preços nos postos, avaliam especialistas

Promessa de que governos estaduais não serão afetados torna improvável que as medidas tenham impacto significativo sobre os preços nos postos, avaliam especialistas


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
As medidas sinalizadas nesta sexta-feira (5) pelo presidente Jair Bolsonaro e sua equipe econômica para a política de preços dos combustíveis terão pequena ou nenhuma contribuição para a redução do preço final ao consumidor, segundo avaliação do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).
As medidas sinalizadas nesta sexta-feira (5) pelo presidente Jair Bolsonaro e sua equipe econômica para a política de preços dos combustíveis terão pequena ou nenhuma contribuição para a redução do preço final ao consumidor, segundo avaliação do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).
De acordo com o coordenador técnico do Ineep, William Nozaki "a coletiva (que o governo concedeu à imprensa para divulgar as medidas) foi um improviso - teve por objetivo reafirmar que o governo não tem interferência na Petrobras."
Sem nada efetivo, e com "tudo em estudo", Bolsonaro ficou devendo em apresentar uma solução de curto prazo para os caminhoneiros, segundo outro coordenador técnico do Instituto, Rodrigo Leão. Ele opinião  que a mudança da incidência do ICMS e unificação dos impostos podem ser interessantes para simplificação tributária, para facilitar a arrecadação e dar previsibilidade aos preços, mas não deverão reduzir os preços. "Essas medidas de simplificação na cobrança do ICMS (anunciadas como de curto prazo) não garantem a redução do imposto.
Leão destaca que se "os governos estaduais não serão afetados" com isso, conforme disse Bolsonaro durante a coletiva, "não haverá  impacto significativo sobre os preços nos postos". O técnico pondera, que, por sua vez, a redução do PIS/Confins, no longo prazo, deve impactar sobre a arrecadação federal, dificultando a adoção de medida neste sentido. Segundo os cálculos de Leão, se o PIS/COFINS fosse zerado, o governo teria uma perda de cerca de R$ 20 bilhões por ano.
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