As medidas sinalizadas nesta sexta-feira (5) pelo presidente Jair Bolsonaro e sua equipe econômica para a
política de preços dos combustíveis terão pequena ou nenhuma contribuição para a redução do preço final ao consumidor, segundo avaliação do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).
Sem nada efetivo, e com "tudo em estudo", Bolsonaro ficou devendo em apresentar uma solução de curto prazo para os caminhoneiros, segundo outro coordenador técnico do Instituto, Rodrigo Leão. Ele opinião que a mudança da incidência do ICMS e unificação dos impostos podem ser interessantes para simplificação tributária, para facilitar a arrecadação e dar previsibilidade aos preços, mas não deverão reduzir os preços. "Essas medidas de simplificação na cobrança do ICMS (anunciadas como de curto prazo) não garantem a redução do imposto.
Leão destaca que se "os governos estaduais não serão afetados" com isso, conforme disse Bolsonaro durante a coletiva, "não haverá impacto significativo sobre os preços nos postos". O técnico pondera, que, por sua vez, a redução do PIS/Confins, no longo prazo, deve impactar sobre a arrecadação federal, dificultando a adoção de medida neste sentido. Segundo os cálculos de Leão, se o PIS/COFINS fosse zerado, o governo teria uma perda de cerca de R$ 20 bilhões por ano.