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Economia

- Publicada em 01 de Fevereiro de 2021 às 19:07

Juros fecham perto da estabilidade à espera de eleição no Congresso

Agência Estado
Os juros futuros terminaram perto da estabilidade, com viés de alta nos vencimentos de curto e médio prazos, experimentando um pouco de volatilidade durante a segunda-feira. Internamente, a eleição para o comando das casas do Congresso gerou expectativa. Mesmo o mercado estando confiante de que os candidatos apoiados pelo governo seriam eleitos, o processo foi cercado de ruídos, o que trouxe cautela, reforçada ainda pela postura hawkish do Banco Central na condução da política monetária expressada em reuniões privadas de diretores nesta segunda-feira com grupos de economistas. Por outro lado, o fracasso da greve dos caminhoneiros foi motivo de alívio, limitando o movimento de piora.
Os juros futuros terminaram perto da estabilidade, com viés de alta nos vencimentos de curto e médio prazos, experimentando um pouco de volatilidade durante a segunda-feira. Internamente, a eleição para o comando das casas do Congresso gerou expectativa. Mesmo o mercado estando confiante de que os candidatos apoiados pelo governo seriam eleitos, o processo foi cercado de ruídos, o que trouxe cautela, reforçada ainda pela postura hawkish do Banco Central na condução da política monetária expressada em reuniões privadas de diretores nesta segunda-feira com grupos de economistas. Por outro lado, o fracasso da greve dos caminhoneiros foi motivo de alívio, limitando o movimento de piora.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou em 3,345% (regular) e 3,33% (estendida), de 3,311% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 4,836% para 4,89% (regular) e 4,86% (estendida). O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxas de 6,33% (regular) e 6,30% (estendida), de 6,325%, e a do DI para janeiro de 2027 passou de 7,014% para 6,99% (regular) e 6,97% (estendida), pela primeira vez abaixo de 7% desde o último dia 7.
Ao contrário do que foi visto na semana passada, nesta segunda o mercado de juros foi na contramão da Bolsa e do câmbio, que tiveram comportamento positivo, enquanto a curva esteve boa parte do dia de lado. No começo da tarde, as taxas curtas e intermediárias, até então estáveis, passaram a exibir viés de alta e as longas, que caíam, foram para perto dos ajustes. "Quem conversou com o BC hoje considerou o papo hawkish", afirmou um operador.
De acordo com o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, a curva precificava nesta tarde 32 pontos-base de avanço da Selic em março, 72% de chance de alta de 0,25 ponto porcentual e 28% de probabilidade de aumento de 0,50 ponto. Para maio, os 47 pontos de alta precificados indicavam quase 100% de chance de aperto de 0,5 ponto.
No exterior, o ambiente era de apetite pelo risco ao longo do dia, mas não conseguiu sensibilizar a ponta longa, com os agentes mais atentos ao que acontecia em Brasília. O processo eleitoral no Congresso foi conturbado, especialmente na Câmara, mas sem abalar a convicção de que os aliados ao governo seriam eleitos e, com isso, a agenda de reformas terá mais chance de avançar. Enquanto Rodrigo Pacheco (MDB-MG) é favorito para presidir o Senado, Arthur Lira (PP-AL) deve comandar a Câmara.
"A percepção é de que a eventual vitória de Lira afasta o risco de abertura de processo de impeachment e, com isso, Bolsonaro poderá usar seu capital político para negociar as reformas e não para ficar se defendendo", disse Rostagno. "Vamos aguardar os próximos dias para ver se o raciocínio estará certo."
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