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combustíveis

- Publicada em 29 de Janeiro de 2021 às 03:00

Para Petrobras, empresa aplica regras do mercado

Castello Branco diz que autônomos utilizam veículos com média de 20 anos

Castello Branco diz que autônomos utilizam veículos com média de 20 anos


FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que o aumento de custos para os caminhoneiros e transportadoras não se deve ao reajuste do preço dos combustíveis feito pela estatal, mas sim à idade das frotas de veículos e às condições das estradas brasileiras. Por isso, a questão não seria um "problema da Petrobras", disse o executivo em evento nesta quinta-feira (28). Grupos de caminhoneiros planejam uma greve para esta segunda-feira (1º).
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que o aumento de custos para os caminhoneiros e transportadoras não se deve ao reajuste do preço dos combustíveis feito pela estatal, mas sim à idade das frotas de veículos e às condições das estradas brasileiras. Por isso, a questão não seria um "problema da Petrobras", disse o executivo em evento nesta quinta-feira (28). Grupos de caminhoneiros planejam uma greve para esta segunda-feira (1º).
Segundo Castello Branco, os caminhoneiros autônomos utilizam veículos com idades em torno de 20 anos, o que resulta em um alto consumo de diesel, além de implicar em gastos maiores com manutenção. "Trata-se de um problema de excesso de oferta, não da Petrobras", disse. Ele também culpou a qualidade das estradas, mesmo as pedagiadas
A insatisfação da categoria com o preço do diesel - que sofreu reajuste de 4,4% nas refinarias, anunciado pela estatal nesta terça (26) - é um dos motivos alegados para a manifestação. A política de preços da estatal segue a cotação internacional do petróleo.
A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), que até a semana passada minimizava as chances de uma greve nacional, passou a apoiar o movimento, liderado por caminhoneiros que se dizem pouco representados pelos líderes de paralisações anteriores.
"É interessante, alguns acham que a Petrobras cobra preços elevados e outros acham que tem preços predatórios", afirmou Castello Branco, em referência à reclamações de importadores de que os preços da estatal estariam defasados em relação aos praticados no mercado internacional. Ele acrescentou ainda que o preço do diesel no Brasil "não é caro nem barato, é o preço de mercado" e que a empresa não está perdendo dinheiro ao levar um período maior para reajustá-lo.
A Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) chegou a protocolar uma reclamação junto ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) contra a estatal. Na quinta-feira, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) negou qualquer tipo de apoio a uma eventual paralisação de caminheiros. Por meio de nota, o presidente da CNT, Vander Costa, declarou que "não apoia nenhum tipo de paralisação de caminhoneiros e reafirma o compromisso do setor de transportador com a sociedade".

Sulpetro alerta para reajustes em pouco tempo

O Sulpetro - Sindicato que representa os postos de combustíveis do RS - filiado à Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis, se uniu ao posicionamento da entidade federal ao considerar que os reajustes de preços da gasolina nas refinarias da Petrobras, anunciados com pouco mais de uma semana, são prejudiciais para o consumidor.
Na quinta-feira, (27), a gasolina passou a vigorar com aumento de 5% e, na semana passada, em 19 de janeiro, a elevação de preços foi de 7,6%. As duas instituições avaliam como essencial que a Petrobras mantenha como referência os preços com paridade internacional.
Porém, neste momento, dada à crise econômica no País causada pela Covid-19, a entidades entendem que um maior espaçamento entre os reajustes poderiam minimizar o efeito da volatilidade das cotações, pois uma alta pode ser anulada por uma redução de preços do barril. Os períodos um pouco mais longos evitariam as especulações do mercado.