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Economia

- Publicada em 28 de Janeiro de 2021 às 19:02

Em dia volátil, dólar fecha em alta e vai a R$ 5,43 com temor fiscal

 A moeda chegou a bater em R$ 5,46

A moeda chegou a bater em R$ 5,46


MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/JC
Agência Estado
A quinta-feira (28) foi marcada por recuperação forte dos ativos de risco no mercado mundial e o Ibovespa subiu mais de 2%, mas no mercado de câmbio brasileiro o dólar teve um dia volátil. A moeda chegou a bater em R$ 5,46, mesmo com o enfraquecimento da divisa americana no exterior, e o real acabou destoando de seus pares.
A quinta-feira (28) foi marcada por recuperação forte dos ativos de risco no mercado mundial e o Ibovespa subiu mais de 2%, mas no mercado de câmbio brasileiro o dólar teve um dia volátil. A moeda chegou a bater em R$ 5,46, mesmo com o enfraquecimento da divisa americana no exterior, e o real acabou destoando de seus pares.
Os participantes do mercado seguem monitorando a situação fiscal do País e o alerta para avançar com as reformas este ano veio nesta quinta de duas agências de classificação de risco, S&P e Moody's. Em meio à maior cautela e busca por proteção, estrangeiros vêm aumentando as posições compradas em dólar futuro ante o real, que ganham com a alta da divisa dos Estados Unidos. Desde o dia 20, elevaram em US$ 1,25 bilhão.
No fechamento, o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,53%, a R$ 5,4357. No mercado futuro, o dólar para fevereiro subiu 0,51% às 18h10, em R$ 5,4415.
O diretor-gerente e responsável por ratings soberanos nas Américas da S&P Global Ratings, Joydeep Mukherji, disse nesta quinta que o Brasil precisa agir este ano para avançar com as reformas, sobretudo as fiscais, pois 2022 será ano eleitoral.
Ele disse ter a percepção de que há um certo ímpeto para avanço neste primeiro semestre e a S&P vai monitorar de perto.
A analista de rating soberano da Moody's, Samar Maziad, disse que a agenda de consolidação fiscal é o único caminho para o Brasil manter os estímulos necessários à recuperação econômica sem perder a confiança de que vai estabilizar a dívida pública.
Para o estrategista de moedas do banco americano Brown Brothers Harriman (BBH), Ilan Solot, a situação fiscal do Brasil ainda vai continuar "assustando investidores", na medida em que a incerteza política tende a seguir aumentando, sobretudo levando em conta as eleições de 2022, ressalta ele em relatório.
No exterior, declarações de congressistas em Washington animaram os investidores sobre as chances de pacote fiscal proposto por Joe Biden, que estava parado nos últimos dias. O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, afirmou que a Casa começará a analisar o pacote na próxima semana.
O analista sênior de mercados do banco Western Union, Joe Manimbo, observa que o dólar até a quarta vinha ganhando força, com o euro perto das mínimas do começo de dezembro, e o dólar canadense no menor nível em 30 dias.
O temor de que a atividade econômica possa ficar pior por conta do avanço da covid, após a divulgação de indicadores piores que o esperado nos EUA e Europa, e novas medidas de restrição vêm estimulando a busca por proteção no dólar. Nesta quinta, este movimento teve um respiro, com a expectativa do pacote fiscal de Biden.
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