O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), também conhecido como prévia da inflação, registrou alta de 0,78% em janeiro, informou nesta terça-feira (26) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado foi o maior para um mês de janeiro desde 2016, mas ficou abaixo do que projetavam economistas ouvidos pela Bloomberg, que esperavam o IPCA-15 na casa dos 0,82%. Para o ano, a expectativa é de 4,34%.
De acordo com o IBGE, em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,30%. Em janeiro de 2020, a taxa foi de 0,71%. O item que mais influenciou o índice foi a energia elétrica, que havia subido 4,08% em dezembro, e marcou 3,14% em janeiro, impactando o IPCA-15 em 0,14 ponto percentual.
Em janeiro, a bandeira tarifária amarela entrou em vigor, com acréscimo de R$ 1,34 por 100 quilowatts-hora consumidos na conta de luz dos brasileiros. No mês anterior, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, com custo de R$ 6,24 para cada 100 kWh consumidos.
Outro item que subiu bastante o preço foi o botijão de gás (2,42%), a oitava alta do produto nos últimos meses. Por outro lado, as passagens aéreas caíram 20,49%. Já alguns produtos alimentícios desaceleraram, como as carnes (1,18%), o arroz (2%) e a batata inglesa (12,34%).
Mesmo assim, o grupo que exerceu o maior impacto foi alimentação, com alta de 1,53%. Em dezembro, havia subido 2%.
Os transportes também tiveram desaceleração, indo de 1,43% no mês passado para 0,14% atualmente. A gasolina mostrou alta menos intensa, de 0,95%, enquanto em dezembro marcou 2,19%.