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Economia

- Publicada em 20 de Janeiro de 2021 às 11:18

Calmaria externa alivia B3, mas temor com atraso na vacinação está no foco

Às 11h20min, Ibovespa tinha alta de 0,51%, aos 121.257 pontos

Às 11h20min, Ibovespa tinha alta de 0,51%, aos 121.257 pontos


Miguel Schincariol/AFP/JC
Agência Estado
Preocupações na seara política e da diplomacia do Brasil estão no foco das atenções dos investidores nesta quarta-feira (20). Apesar de o Ibovespa subir esta manhã, em sintonia com os índices futuros de Nova Iorque, onde investidores esperam a posse do presidente eleito dos EUA, Joe Biden, à tarde, questões internas seguem no radar.
Preocupações na seara política e da diplomacia do Brasil estão no foco das atenções dos investidores nesta quarta-feira (20). Apesar de o Ibovespa subir esta manhã, em sintonia com os índices futuros de Nova Iorque, onde investidores esperam a posse do presidente eleito dos EUA, Joe Biden, à tarde, questões internas seguem no radar.
No Brasil, o investidor continua demonstrando preocupação com o estremecimento da relação entre o país e a China, produtor de insumos para a fabricação da vacinas contra a Covid-19. Esse estranhamento estaria atrasando a chegada de matéria-prima da China no Brasil para a produção do imunizante, o que tende a atrasar ou até mesmo suspender o processo de vacinação da população brasileira.
A avaliação é de quanto mais tempo demorar para a imunização, mais tende a atrapalhar a retomada da economia, podendo reforçar o debate até mesmo dentro do próprio governo da necessidade de volta do auxílio emergencial. O Ibovespa sobe acima dos 121 mil pontos, tendo oscilado em torno de 800 pontos entre a mínima intraday (120.644,50 pontos) e a máxima (121.449,10 pontos). Às 11h20min, tinha alta de 0,51%, aos 121.257 pontos.
A despeito da preocupação relacionada ao atraso da vacinação no País, Eduardo Cubas, sócio e diretor da Manchester Investimentos, acredita que o impasse entre Brasil e China será solucionado. "Isso atrapalha, mas é algo que tende a ser resolvido. A vacina tem um apelo político e social relevante. Acredito que o governo sabe do capital político envolvido e que de total interesse dele resolver o assunto", estima.
Apesar do tom parcimonioso com o noticiário interno, a posse do novo presidente dos EUA pode prevalecer ou ao menos dar algum equilíbrio aos mercados. O democrata Biden assumirá o posto hoje à tarde e, horas depois, deve assinar vários decretos, incluindo medidas de apoio econômico diante do choque da Covid-19.
"Deve ter um impacto importante. Estamos falando da saída um governante extremista republicano Donald Trump para a chegada de um mais social democrata, que pensa em distribuição social ampla. Isso deve mudar a condução, a relação da economia americana com outros países", estima.
Para Cubas, quando mais rápido houver desfecho positivo em relação ao avanço na distribuição da vacina no Brasil, mais rápida será a retomada das atividades e da economia. "Essa questão do auxílio emergencial está no radar, o investidor está olhando o longo prazo, com a principal preocupação sendo a sustentabilidade fiscal", afirma.
A alta do petróleo no mercado internacional também ampara o Ibovespa e, claro, as ações da Petrobras, que têm alta em torno de 0,50%. Já Vale ON subia 0,11%, após a queda de 0,46% nas cotações do minério de ferro negociado no porto chinês de Qingdao.
Apesar da valorização na B3, André Machado, sócio fundador do Projeto Os 10%, faz ponderações. "Os riscos políticos no País só aumentam. O presidente da República foi o único governante do mundo que não comemorou o início da vacinação. Uma das saídas para esses riscos seria a extensão do auxílio emergencial, só que matematicamente não cabe no orçamento. Com isso, o receio com o fiscal só está aumentando", avalia Machado.
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