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Economia

- Publicada em 19 de Janeiro de 2021 às 22:11

RS pode ter transporte de altíssima velocidade

Transporte ocorre dentro de um tubo e modelo se assemelha a um trem-bala ecológico

Transporte ocorre dentro de um tubo e modelo se assemelha a um trem-bala ecológico


hyperloop/divulgação/jc
Adriana Lampert
Viajar em alta velocidade, em cápsulas de levitam dentro de um tubo, pode ser uma alternativa sustentável para quem sair da Porto Alegre em direção à Serra gaúcha em um futuro próximo.
Viajar em alta velocidade, em cápsulas de levitam dentro de um tubo, pode ser uma alternativa sustentável para quem sair da Porto Alegre em direção à Serra gaúcha em um futuro próximo.
A ideia foi lançada nesta terça-feira (19), quando o governador Eduardo Leite assinou acordo com a empresa Hyperloop Transportation Technologies (Hyperloop TT), que vai realizar estudo de quatro a cinco meses em parceria com a Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) para garantir a viabilidade operacional e estrutural para a criação da rota até Caxias do Sul.
Com 129 quilômetros, esse caminho é percorrido em cerca de 1h40 min de carro, mas, com a tecnologia desenvolvida pela empresa de pesquisa americana, pode durar cerca de 12 minutos.
Com baixo uso de energia elétrica (tendo por base a captação solar no topo do tubo), o meio de transporte por cápsulas de alta velocidade funciona como uma espécie de "trem-bala" ecológico de passageiros (mas também serve para cargas), que se movem por uma combinação de força magnética e diferença de pressão de ar na frente e atrás. Alcançando uma velocidade de até 1.223 quilômetros por hora, oferece a segurança e o conforto "superior" a de um avião, segundo o fundador e presidente da Hyperloop TT, Dirk Alhborn. Desenvolvido para ser mais seguro do que qualquer outro sistema (por ser protegido pelo tubo), o hyperloop evita acidentes e desvia da ação de agentes atmosféricos, além de passar por poucas pressurizações. Caso seja implementado no Rio Grande do Sul, será o primeiro da América Latina.
Segundo Leite, a parceria coloca o Brasil "na rota do transporte mais inovador e disruptivo atualmente em desenvolvimento no mundo". "O acordo de hoje pode ser considerado bastante futurista, mas cogitamos analisar viabilidade do projeto e, assim, lançar a primeira ideia para que, quem sabe logo adiante, possamos confirmar as condições de viabilizar o hyperloop, uma alternativa economicamente viável, segura e sustentável."
A empresa proponente da iniciativa tem sedes em Los Angeles (EUA) e Toulouse (França), e um de seus escritórios cinco escritórios no mundo fica em São Paulo, onde já vem desenvolvendo outros projetos neste sentido. "Este sistema é um salto para o transporte de qualidade, em altíssima velocidade, no Brasil", defendeu Alhborn. "Em 2019, lançamos o primeiro estudo abrangente de viabilidade analisando um sistema de hyperloop, que constatou que a tecnologia é econômica e tecnicamente viável e que gerará lucro sem exigir subsídios governamentais", justificou.
O hyperloop se baseia em uma ideia divulgada pelo presidente da Tesla e da companhia de transporte espacial SpaceX, Elon Musk (conhecido por querer colonizar Marte em 2024), que abriu mão de qualquer direito de propriedade intelectual para que outros a desenvolvessem. Até agora, a HyperloopTT já assinou acordos nos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, França, Alemanha, Índia, China, Coreia do Sul, Indonésia, Eslováquia, República Tcheca e Ucrânia.
"A Serra gaúcha é o polo turístico mais importante do Rio Grande do Sul e abriga algumas das maiores empresas do Brasil", destacou o executivo da companhia, afirmando que o País é um dos que mais vai ter benefícios com essa tecnologia (resolvendo seus problemas com transportes) em todo o mundo. Segundo Alhborn, a tecnologia "redefine a forma de conexão entre as pessoas", ligando rapidamente bairros e cidades. "Hoje não existe uma ferrovia lucrativa, pois depende de investimento dos governos. Já o hyperloop tem baixo custo e pode ser financiado pela iniciativa privada", pontuou.  
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