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Economia

- Publicada em 15 de Janeiro de 2021 às 13:10

Empresa deixa 400 trabalhadores sem salário, mesmo recebendo do governo do Estado

Grupo protestou em frente ao Cais do Porto, um dos locais atendidos pela Camargo Vigilância

Grupo protestou em frente ao Cais do Porto, um dos locais atendidos pela Camargo Vigilância


SindiVigilantesRS/Divulgação
Thiago Copetti
Trabalhadores da Camargo Vigilância, de Porto Alegre, que presta serviços ao governo do Estado, foram surpreendidos nesta sexta-feira (15) com o fechamento da empresa, que ainda deve salários atrasados do mês de dezembro a cerca de 400 empregados.
Trabalhadores da Camargo Vigilância, de Porto Alegre, que presta serviços ao governo do Estado, foram surpreendidos nesta sexta-feira (15) com o fechamento da empresa, que ainda deve salários atrasados do mês de dezembro a cerca de 400 empregados.
De acordo com o advogado do SindiVigilantesRS, Gerson Farias, há trabalhadores também sem férias e vale alimentação pagos. As dificuldades e a falta de previsão de pagamento pela empresa levaram um grupo de trabalhadores a promover manifestações em pontos como no Cais do Porto e no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), no centro da Capital, dois dos locais públicos atendidos pela empresa.
“Da noite para o dia a empresa fechou as portas, sem pagar salários atrasados e nem férias vencidas, sem avisos prévios e isso mesmo tendo recebidos os valores por parte do governo”, critica Farias.
Além do centro administrativo do governo gaúcho e do Cais do Porto - que juntos somam em torno de 220 trabalhadores prejudicados - outros três pontos públicos têm funcionários da Camargo Vigilância atuando, mesmo sem receber, segundo o sindicato da categoria. Eles estão alocados na Secretaria da Agricultura e no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete), com entre 20 e 30 vigilantes, ambos no bairro Menino Deus, além do Hospital Sanatório Partenon, com próximo de 60 trabalhadores
“Todos estão sem salário nem vale alimentação, e também cerca de 30 no TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). Estivemos conversando com os entes públicos e nos informaram que os valores foram, sim, repassados a empresa, que primeiro nos disse que os valores estavam atrasados”, alerta o advogado.
Antônio Ademir Mello, coordenador operacional da empresa, alega que a empresa enfrentou problemas com contratos (sem detalhar quais), o que teria afetado o fluxo de caixa da empresa, que por isso está entrando com pedido de falência. Ao Jornal do Comércio, Mello confirmou que a empresa recebeu os repasses públicos.
O representante disse que não poderia dar uma previsão para colocar em dia os salários atrasados. O coordenador afirma apenas que todos os créditos que ingressarem a partir da falência serão direcionados aos trabalhadores – o que já é previsto em lei. Mello não explicou porque a empresa, mesmo tendo recebido recursos públicos, não repassou aos trabalhadores.
“A partir de segunda-feira (18) a empresa está adotando medidas como o rompimento amigável dos contratos, começando pelo Sanatório Partenon, para que assim todos os vigilantes possam receber os valores devidos judicialmente. E se houver uma quebra de contrato eles poderão seguir trabalhando com a outra empresa”, resumiu Mello.
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