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Economia

- Publicada em 14 de Janeiro de 2021 às 19:36

Dólar tem terceira queda seguida e recua a R$ 5,20 com Powell e Biden

No fechamento, o dólar à vista encerrou a quinta-feira em baixa de 1,90%, a R$ 5,2097

No fechamento, o dólar à vista encerrou a quinta-feira em baixa de 1,90%, a R$ 5,2097


FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
O dólar teve o terceiro dia seguido de queda, fechando a quinta-feira na menor cotação de 2021. A moeda caiu desde os negócios da manhã, embalada por fluxo externo, para Bolsa e renda fixa, e expectativa de anúncio na noite da própria quinta-feira do novo pacote fiscal de Joe Biden, que ele prometeu ser de US$ 2 trilhões. Pela tarde, a queda da moeda americana no exterior e aqui se acelerou em meio a declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, de que não está "nem um pouco próximo" o momento de voltar a subir juros nos Estados Unidos.
O dólar teve o terceiro dia seguido de queda, fechando a quinta-feira na menor cotação de 2021. A moeda caiu desde os negócios da manhã, embalada por fluxo externo, para Bolsa e renda fixa, e expectativa de anúncio na noite da própria quinta-feira do novo pacote fiscal de Joe Biden, que ele prometeu ser de US$ 2 trilhões. Pela tarde, a queda da moeda americana no exterior e aqui se acelerou em meio a declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, de que não está "nem um pouco próximo" o momento de voltar a subir juros nos Estados Unidos.
No fechamento, o dólar à vista encerrou a quinta-feira em baixa de 1,90%, a R$ 5,2097. No mercado futuro, o dólar para fevereiro fechou em queda de 1,99%, em R$ 5,1980.
O discurso de Powell era um dos eventos mais esperados da semana, por conta do estresse nos rendimentos dos Treasuries. O presidente do Fed alertou que os Estados Unidos não estão em trajetória fiscal sustentável, mas descartou retirar tão cedo os estímulos extraordinários adotados em 2020 e afirmou que "quando for apropriado" discutir redução de compras mensais de ativos, "vamos comunicar ao mundo".
"Como esperado, Powell adotou um tom dovish" escreveu o economista, consultor da Allianz Global, Mohamed El-Erian, sobre o discurso. Para ele, as declarações foram uma sinalização de que o Fed quer evitar o episódio de 2013, conhecido como "Taper Tantrum", quando o temor de retirada dos estímulos pelo BC americano provocou forte estresse no mercado mundial e fortalecimento do dólar. Mas mesmo após a fala de Powell, El-Erian observa que os yields seguiram em alta, mas neta descolados do dólar, que renovou mínimas.
Antes de Powell, o dólar já cedia aqui e nos emergentes com a expectativa do pacote fiscal de Biden. O DXY, índice que mede o comportamento da moeda americana ante moedas fortes, chegou a subir mais cedo, mas passou a cair e bateu mínimas com o presidente do Fed, ajudando o dólar a cair abaixo de R$ 5,20 aqui.
A diretora de moedas da gestora americana BK Asset Management, Kathy Lien, observa que a expectativa é grande pelo anúncio dos estímulos de Biden, que deve incluir trilhões de dólares e recursos para acelerar a vacinação, além de medidas para pequenas e médias empresas. "Quanto maior o pacote, maior tende a ser o rali nas moedas de risco." Ela, porém, alerta que a aprovação das medidas, mesmo com o Congresso nas mãos dos democratas, pode não ser tão simples, o que abre espaço para frustração e realização nos mercados de bolsas e moedas.
No mercado doméstico, as captações prosseguem, nesta quinta com as operações da Marfrig e Simpar, e nas mesas de operação, o comentário foi que estrangeiros seguiram vindo para Bolsa e, nesta quinta, também para o leilão do Tesouro. Na B3, o fluxo este mês já supera R$ 15 bilhões.
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