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Economia

- Publicada em 15 de Janeiro de 2021 às 03:00

Sob pressão, Banco do Brasil avalia revisar programa de enxugamento

Pressionado pelo presidente Jair Bolsonaro, o Banco do Brasil avalia revisar o plano de enxugamento da instituição, que prevê um programa de demissão voluntária e o fechamento de agências. Segundo interlocutores, a ideia é tratada como uma hipótese, já que Bolsonaro ainda não havia apresentado exigências à instituição e buscava a via mais radical, da demissão do presidente do banco, André Brandão. Ministros tentam reverter. Eventuais ajustes no plano de reestruturação precisariam ser compensados por cortes de despesas em outras áreas. De qualquer maneira, a avaliação é que um movimento desse tipo, caso concretizado, seria interpretado pelos agentes de mercado como uma interferência política grave do governo sobre o banco.
Pressionado pelo presidente Jair Bolsonaro, o Banco do Brasil avalia revisar o plano de enxugamento da instituição, que prevê um programa de demissão voluntária e o fechamento de agências. Segundo interlocutores, a ideia é tratada como uma hipótese, já que Bolsonaro ainda não havia apresentado exigências à instituição e buscava a via mais radical, da demissão do presidente do banco, André Brandão. Ministros tentam reverter. Eventuais ajustes no plano de reestruturação precisariam ser compensados por cortes de despesas em outras áreas. De qualquer maneira, a avaliação é que um movimento desse tipo, caso concretizado, seria interpretado pelos agentes de mercado como uma interferência política grave do governo sobre o banco.
Na quarta-feira (14), Bolsonaro ameaçou demitir Brandão do comando do BB. Desde então, o ministro Paulo Guedes (Economia) tenta evitar o desligamento. Também entraram nessa operação o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a ministra Tereza Cristina (Agricultura).
O motivo foi o anúncio da reestruturação do banco, feito na segunda-feira. O plano levará ao fechamento de 361 unidades, sendo 112 agências, além de prever um programa de desligamento voluntário que pode provocar a saída de 5.000 funcionários. Uma fonte que acompanha o embate afirma que é possível que seja negociada uma saída que faça o programa de enxugamento ficar mais palatável para o governo, desde que seja mantida a essência de ajuste do banco. A avaliação é que não faria sentido alterar o plano de demissão, embora não seja impossível mudar prazos e reduzir o escopo do programa. Isso porque os desligamentos seriam voluntários, voltados especialmente a pessoas que estão perto de se aposentar e com benefícios -as indenizações chegam a R$ 450 mil por funcionário, além de outros direitos. Uma parte da reestruturação que teria uma chance maior de flexibilização é o fechamento de agências, que gerou descontentamento entre parlamentares. O banco poderia rever postos incluídos no enxugamento e buscar outras medidas para cortar despesas.
 
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