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Economia

- Publicada em 15 de Janeiro de 2021 às 03:00

MPT abre inquéritos para acompanhar demissões em unidades da Ford

Cerca de cinco mil trabalhadores diretos devem ser dispensados

Cerca de cinco mil trabalhadores diretos devem ser dispensados


/Miguel Schincariol / AFP/JC
O Ministério Público do Trabalho abriu três inquéritos civis para acompanhar os processos de demissão dos funcionários da Ford no Brasil. No total, as dispensas devem chegar a 5 mil pessoas que tinham contratos diretos com a fabricante. 
O Ministério Público do Trabalho abriu três inquéritos civis para acompanhar os processos de demissão dos funcionários da Ford no Brasil. No total, as dispensas devem chegar a 5 mil pessoas que tinham contratos diretos com a fabricante. 
Na segunda-feira (11), a empresa anunciou o encerramento das atividades das fábricas de Camaçari, na Bahia, e Taubaté, em São Paulo. Uma terceira planta fabril instalada em Horizonte, no Ceará, será fechada até o fim do ano. Cada inquérito se refere às demissões em uma das fábricas.
Os procuradores também criaram um grupo especial para coordenar e criar estratégias de mitigação dos efeitos do encerramento das atividades nas fábricas.
Em audiência com o procurador-geral do trabalho, Alberto Balazeiro, representantes da montadora se comprometeram a encaminhar ao MPT e ao governo federal todos os dados que forem requisitados nos próximos dias.
Pela Ford, participaram da audiência o diretor jurídico, Luís Cláudio Casanova, o gerente de Relações Governamentais, Eduardo Freitas, e três advogados da empresa. Balazeiro diz que a reunião pretendia garantir um canal de diálogo com a Ford, que permita a coleta de informações sobre a desmobilização da força de trabalho.
Os reflexos sociais das demissões e a empregabilidade dos trabalhadores da montadora e da cadeia produtiva no entorno são fontes de preocupação, segundo o chefe do MPT. Oficialmente, os metalúrgicos das duas fábricas ainda não foram demitidos. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Claudio Batista, a empresa chamou os trabalhadores para uma reunião na próxima segunda-feira (18).
Em Taubaté, 830 pessoas trabalhavam na produção de motores e transmissões, e cerca de 600 terceirizados atuavam em áreas como limpeza e logística. O sindicato calcula que 10 mil empregos estejam em risco na cadeia produtiva.
Na fábrica de Camaçari, onde eram produzidos os modelos EcoSport e Ka, o impacto é ainda maior dado o tamanho do contingente, superior ao da fábrica de Taubaté.
A Ford diz que não vai se manifestar sobre a audiência ou os inquéritos. Em nota, a montadora que os planos de demissão serão debatidos com os sindicatos e que trabalhará intensamente com "os sindicatos, nossos funcionários e outros parceiros para desenvolver medidas que ajudem a enfrentar o difícil impacto desse anúncio."
O Ministério da Economia também montou um grupo de trabalho para avaliar o fechamento das unidades fabris e para entrar em contato com outras montadoras que possam se interessar em assumir as plantas.
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