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Economia

- Publicada em 13 de Janeiro de 2021 às 21:14

Abicalçados projeta crescimento de 14% para o setor ao longo de 2021

Indústria brasileira produziu 200 mil pares a menos no ano passado

Indústria brasileira produziu 200 mil pares a menos no ano passado


/ABICALÇADOS/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
Único mês de 2020 com resultado superior ao de 2019, novembro incrementou em 6,7% o faturamento da indústria de calçados frente ao mesmo mês do ano passado. Em coletiva de imprensa promovida em formato online pela Abicalçados nesta quarta-feira (13), o presidente executivo, Haroldo Ferreira, destacou que o impulso veio das exportações. Ainda assim, durante o ano as fabricantes reduziram a produção em 200 milhões de pares, se comparado a 2019. "A queda de produção frente ao ano passado seria maior, mas em função deste crescimento de novembro, ficou em 21,8%." Segundo dados da Abicalçados, ao todo foram fabricados 710 milhões de pares de calçados.
Único mês de 2020 com resultado superior ao de 2019, novembro incrementou em 6,7% o faturamento da indústria de calçados frente ao mesmo mês do ano passado. Em coletiva de imprensa promovida em formato online pela Abicalçados nesta quarta-feira (13), o presidente executivo, Haroldo Ferreira, destacou que o impulso veio das exportações. Ainda assim, durante o ano as fabricantes reduziram a produção em 200 milhões de pares, se comparado a 2019. "A queda de produção frente ao ano passado seria maior, mas em função deste crescimento de novembro, ficou em 21,8%." Segundo dados da Abicalçados, ao todo foram fabricados 710 milhões de pares de calçados.
Ferreira destacou dois fatores para a recuperação em novembro: o dólar mais valorizado sobre o real, que permitiu preços mais competitivos sem perda de rentabilidade para a indústria; e o desempenho do segmento de chinelos. "No mais, já existe uma tendência de recuperação no mercado internacional, que deve ser confirmada pela vacinação contra a Covid-19 e a liberação dos comércios físicos", avalia o dirigente.
Durante a apresentação das projeções e as pautas prioritárias do setor para 2021, o presidente do Conselho da entidade, Caetano Bianco Neto, ressaltou que o resultado de 2020 significa um retrocesso de 16 anos. "Equivale à produção de 2004/2005. Diferente do Brasil, outros polos produtores de calçados tiveram um impacto menor em meio à pandemia de Covid-19, destacou Ferreira. Dentre os países que mais sofreram, a Índia e o Vietnã superaram o Brasil em mais de 20%.
No que se refere às exportações, a indústria nacional sofreu redução 32,3% no volume vendido e em 18,6% nos pares produzidos para os Estados Unidos, Argentina e França. "Foram exportados 94 milhões de pares, 21,4 milhões a menos que em 2019", detalhou o presidente da Abicalçados. Os resultados equivalem a um retrocesso de 37 anos no contexto da exportação do setor, liderado pelos estados do Rio Grande do Sul, Ceará e São Paulo. Ao apontar as perspectivas para 2021, os dirigentes avaliaram que caso ocorra um lockdown (por conta da ineficácia em conter a pandemia do novo coronavírus) e o comércio feche as portas, "esses números devem piorar".
"Mesmo que sem fechamento do comércio, e com a vacinação da população ocorrendo, não acreditamos que vá ter aquecimento em 2021", emenda Ferreira. "Devemos ter um ano melhor que 2020, mas ainda enfrentaremos dificuldades." Ainda assim, a entidade projeta um crescimento de 14,1% na produção em 2121, com a fabricação de 810 milhões de pares. "Mas para se mensurar é preciso salientar que esta produção representa apenas 19,3% do que se produziu em 2019", destaca Bianco Neto.
Dentre as mudanças que "vêm para ficar" nos negócios das fabricantes nacionais, o e-commerce foi o canal adotado pela maioria das marcas. "O meio digital facilita para o comprador", opina o presidente da Abicalçados. Ferreira informou que os preços das novas coleções que chegam ao mercado brasileiro estarão "corrigidos" em torno de 10%. "Tivemos reajustes superiores a isso nos insumos. Esperamos não precisar que ocorra uma nova correção." Dentre as pautas que a entidade deve trabalhar em prol do setor no decorrer de 2021, a principal será o extensão do direito antidumping contra o calçado chinês. "Além disso, defenderemos a reforma tributária e administrativa e já estamos trabalhando para diminuir as importações", afirma Ferreira. "Estes são os caminhos para gerar mais empregos no País e para reduzir o custo Brasil, propiciando ao setor maior competitividade internacional."
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