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Economia

- Publicada em 14 de Janeiro de 2021 às 03:00

'Não queremos subsídios, queremos competitividade', diz presidente da Anfavea

Moraes diz que propostas 
visam redução do custo-Brasil

Moraes diz que propostas visam redução do custo-Brasil


/LUIZA PRADO/JC
Dois dias após a Ford decretar o fim da produção no Brasil, a Anfavea, entidade que representa as montadoras no País, cobrou medidas que melhorem a competitividade do setor e rebateu, embora sem citar nome, o presidente Jair Bolsonaro, que atribuiu o anúncio da multinacional americana à retirada de subsídios.
Dois dias após a Ford decretar o fim da produção no Brasil, a Anfavea, entidade que representa as montadoras no País, cobrou medidas que melhorem a competitividade do setor e rebateu, embora sem citar nome, o presidente Jair Bolsonaro, que atribuiu o anúncio da multinacional americana à retirada de subsídios.
"Em nenhum momento falamos de subsídio. Todas as nossas propostas visam à redução do custo-país. Não queremos subsídios, queremos competitividade", afirmou, durante entrevista, o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes.
Após considerar que o debate sobre o fechamento da manufatura da Ford tem sido politizado, o executivo defendeu os incentivos fiscais que permitiram atualizar tecnologias dos carros produzidos no Brasil e, referindo-se a medidas estruturais necessárias no País - em especial a reforma tributária - pediu que timing político seja determinado pelas prioridades econômicas, e não pelo calendário eleitoral.
Segundo Moraes, os desligamentos da Ford, incluindo a operação de caminhões encerrada em 2019, e da fábrica de carros de luxo da Mercedes-Benz, reduzem de 5 milhões para algo por volta de 4,5 milhões a 4,7 milhões de veículos a capacidade técnica anual da indústria automotiva.
A forma de evitar que mais montadoras deixem o País, continuou, é estimulando a economia e a competitividade, de modo a permitir a retomada do mercado e a inserção brasileira no mercado internacional, hoje restrita, sobretudo, a negócios com vizinhos da América do Sul. 
"Uma chance de resolver é estimulando a economia, reduzindo o custo. Outra alternativa é fechar fábricas", disse. Considerada urgente, a reforma tributária, com simplificação do sistema e resolução de créditos tributários represados, está entre as prioridades elencadas na agenda de competitividade reivindicada pelas montadoras. Moraes citou ainda a restituição de impostos residuais nas exportações, corte de taxas da marinha mercante, e uma série de outras medidas que vão desde pequenas ações a grandes propostas que passam pela aprovação de maioria qualificada no Congresso.
Citando um estudo encomendado em maio de 2019 pela Anfavea, Moraes frisou que produzir carros no Brasil é 18% mais caro do que no México.
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