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Economia

- Publicada em 07 de Janeiro de 2021 às 21:17

Liquidações de verão podem aquecer vendas do comércio

Preços atrativos são aposta dos lojistas para renovarem os estoques e melhorarem os resultados

Preços atrativos são aposta dos lojistas para renovarem os estoques e melhorarem os resultados


/MARIANA ALVES/JC
João Pedro Rodrigues
Tradicionalmente realizadas durante os meses de janeiro e fevereiro, as liquidações de verão já começaram nesta primeira semana do ano, trazendo expectativas positivas para o comércio do Rio Grande do Sul. Os preços mais atrativos são uma forma dos lojistas renovarem estoques e estimularem os clientes a consumirem em um momento de queda de movimento nas lojas.
Tradicionalmente realizadas durante os meses de janeiro e fevereiro, as liquidações de verão já começaram nesta primeira semana do ano, trazendo expectativas positivas para o comércio do Rio Grande do Sul. Os preços mais atrativos são uma forma dos lojistas renovarem estoques e estimularem os clientes a consumirem em um momento de queda de movimento nas lojas.
A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) observa que, em função das restrições impostas pelas políticas públicas estadual e municipais por conta da pandemia da Covid-19, grande parte dos varejistas gaúchos tende a ser mais agressiva em suas ofertas de início de ano. Para o presidente da instituição, Vitor Augusto Koch, este período de promoções pode servir para uma retomada de setores que tiveram queda significativa de vendas em 2020, como vestuário e calçados, material de escritório, informática e eletrodomésticos.
Nas lojas Colombo, por exemplo, a tradicional liquidação Bombástica começou na quinta-feira, nas 242 lojas físicas, no site e no aplicativo, oportunizando ao cliente comprar produtos como eletrodomésticos, eletrônicos, móveis, smartphones, utilidades domésticas e produtos de verão com até 50% de desconto. De acordo com a gerente de marketing da empresa, Maria do Carmo Giacobbo, a expectativa para a liquidação deste ano é de um aumento das vendas superior a 15% em relação ao mesmo período de 2020. Isso se deve à facilidade que o cliente tem de comprar sem sair de casa, podendo adquirir produtos através do site ou do Whatsapp. A promoção se estende até sábado (9).
A prática de liquidações nos primeiros meses tem proporcionado uma maior participação de janeiro e fevereiro, tradicionalmente os meses de menor movimento nas lojas, nas vendas totais do ano. Até 2013, os dois meses representavam cerca de 14% do volume comercializado pelo varejo no Rio Grande do Sul. Em 2020, esta participação aumentou para o patamar de 16%, o que representou um progresso para os lojistas.
Na Capital, o comércio também se demonstra otimista para o período. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), Írio Piva, as perspectivas são positivas, mas sem grande euforia. "Neste momento de dificuldade financeira, o consumidor está ávido por ofertas. Com certeza, as liquidações podem ajudar na melhora do movimento nas lojas", acrescenta.
Ele destaca, no entanto, que, diferentemente dos anos anteriores, há uma segmentação no comércio que deve ser levada em consideração, pois, enquanto alguns setores conseguem garantir o reaquecimento de suas vendas, outros já não possuem a mesma possibilidade. Quem tem uma loja de roupas para evento, por exemplo, não consegue vender tão facilmente, já que não está permitido fazer aglomerações. "Não adianta nem fazer uma oferta", complementa.
Em relação ao decreto do novo prefeito Sebastião Melo, que retira o limite de ocupação no comércio, Piva afirma que há uma preocupação dos próprios lojistas quanto à segurança dos clientes e trabalhadores. Ele assegura que, dentro das lojas, além da disponibilização do álcool em gel, existe o controle do número de pessoas.
Quem concorda é o presidente do Sindilojas-POA, Paulo Kruse. De acordo com ele, o próprio comerciante está consciente de que há a necessidade de evitar aglomerações para que ele não venha a fechar novamente. "Agora que não têm mais restrições, nós vamos, com todo o cuidado, lutar para que possamos crescer", diz.
Kruse salienta, ainda, que, com o fechamento de muitos estabelecimentos em razão da pandemia, a reposição do estoque das lojas em 2020 não foi na mesma intensidade de anos anteriores. Para realizar as promoções, o comerciante compra em quantidades maiores para garantir um preço menor do produto, além de vender o estoque.
Por este motivo, ele acredita que a tendência seja de um retardamento das grandes liquidações da Capital, que deverão ser mais fortes em fevereiro, mês em que, novamente, será realizado o Liquida Porto Alegre. "Teremos uma liquidação normal, apenas um pouco mais tarde", completa.
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