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Logística

- Publicada em 30 de Dezembro de 2020 às 21:11

Rio Grande do Sul ganhou infraestrutura apesar da pandemia

Projetos em rodovias, como a BR 116, no Porto de Rio Grande, em energia e em saneamento tiveram avanços em 2020

Projetos em rodovias, como a BR 116, no Porto de Rio Grande, em energia e em saneamento tiveram avanços em 2020


ASCOM DNIT/DIVULGAÇÃO/JC
Mesmo com todas as dificuldades apresentadas pela propagação da Covid-19, importantes empreendimentos da área de infraestrutura foram desenvolvidos no Rio Grande do Sul ao longo de 2020. Entre os segmentos que podem ser destacados estão os de rodovias, energia e saneamento. Talvez a mais emblemática de todas as iniciativas no ano seja a nova ponte do Guaíba, que teve a autorização para o fluxo de veículos concedida recentemente.
Mesmo com todas as dificuldades apresentadas pela propagação da Covid-19, importantes empreendimentos da área de infraestrutura foram desenvolvidos no Rio Grande do Sul ao longo de 2020. Entre os segmentos que podem ser destacados estão os de rodovias, energia e saneamento. Talvez a mais emblemática de todas as iniciativas no ano seja a nova ponte do Guaíba, que teve a autorização para o fluxo de veículos concedida recentemente.

Ponte do Guaíba é liberada para o trânsito

Iniciada em 2014, obra consumiu cerca de R$ 900 milhões e foi inaugurada por Bolsonaro em dezembro

Iniciada em 2014, obra consumiu cerca de R$ 900 milhões e foi inaugurada por Bolsonaro em dezembro


/gustavo mansur/palácio piratini/divulgação/jc
Uma antiga demanda logística dos gaúchos, principalmente dos que vivem na região Metropolitana de Porto Alegre, foi atendida em 2020. Iniciada em 2014 e com investimento de aproximadamente R$ 900 milhões, a nova ponte sobre o Guaíba teve o eixo principal de acesso inaugurado no dia 9 de dezembro e com isso a sua liberação para o trânsito. O evento contou com solenidade com as presenças do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Quando plenamente concluído, o empreendimento terá uma extensão de 2,9 quilômetros com um total de 7,3 quilômetros em obras de artes especiais. Com 28 metros de largura nos vãos principais, a pista contará com duas faixas de rolamento com acostamento e refúgio central.

Depois de 14 anos, duplicação da ERS-118 chega ao fim

Pista dupla foi implantada nos 21,5 quilômetros da estrada

Pista dupla foi implantada nos 21,5 quilômetros da estrada


/ITAMAR AGUIAR/PALÁCIO PIRATINI/JC
Demorou, porém ao final de dezembro de 2020 a duplicação dos 21,5 quilômetros da ERS-118 que interligam os acessos à BR-116 em Sapucaia do Sul à freeway, em Gravataí, foi concluída. Iniciada há 14 anos, mas com diversas interrupções, a obra composta por oito pistas (incluindo ruas laterais), sete viadutos e duas pontes foi retomada em junho de 2019, após obter financiamento de R$ 131 milhões do BNDES para executar a fase final da rodovia sem novas suspensões.

Mais da metade da BR-116 entre Guaíba e Pelotas foi duplicada

Melhorias na rodovia já atingem 211,2 quilômetros de extensão

Melhorias na rodovia já atingem 211,2 quilômetros de extensão


/SOLANO FERREIRA/DIVULGAÇÃO/JC
No dia 10 de dezembro, mais 27,1 quilômetros de pistas duplicadas na BR-116/RS, entre Guaíba e Pelotas, foram liberados ao tráfego. A duplicação da BR-116/RS totaliza 211,2 quilômetros de pista nova para os usuários da rodovia, dos quais mais da metade já opera em pistas duplas (120 quilômetros).
Essa última entrega de obras contou com mais 10,51 quilômetros em Barra do Ribeiro (km 320 ao km 330,5); outros 9,1 quilômetros entre Tapes e Camaquã (km 373 ao km 382,1); e por fim, mais 7,5 quilômetros em Cristal (km 430,6 ao km 438,1). Com estas liberações, a obra chega a 57% do total a ser duplicado.
Ao longo dos últimos dois anos o Ministério da Infraestrutura concluiu e liberou ao tráfego trechos em Barra do Ribeiro, Camaquã, Cristal, Pelotas, São Lourenço do Sul, Tapes e Turuçu.

Companhia espanhola vence concessão da RSC-287

Sacyr vai administrar e promover melhorias em 204,5 quilômetros

Sacyr vai administrar e promover melhorias em 204,5 quilômetros


/Gustavo Mansur/Palácio Piratini/Arquivo/JC
Nos últimos dias de 2020, o governo gaúcho realizou o certame de concessão da RSC-287, rodovia que corta o Estado de Leste a Oeste da Grande Porto Alegre até a região Central. Entre as quatro propostas concorrentes, o consórcio Via Central, da companhia espanhola Sacyr, venceu a disputa na Bolsa de Valores B3, em São Paulo, ao apresentar a menor proposta de tarifa de pedágio, no valor de R$ 3,36 - deságio de 54,41% em relação ao teto estipulado na licitação, cujo valor inicial era de R$ 7,37.
Durante os próximos 30 anos, a empresa vencedora do leilão deverá investir R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 1 bilhão já nos primeiros 10 anos, e cumprir o cronograma de obras, incluindo a duplicação dos 204,5 quilômetros de extensão nos dois sentidos de fluxo.

PPP da Corsan gera investimentos em saneamento

Parceria beneficiará cerca de 1,5 milhão de pessoas na Região Metropolitana

Parceria beneficiará cerca de 1,5 milhão de pessoas na Região Metropolitana


DOUGLAS CARVALHO/DIVULGAÇÃO/JC
O ano de 2020 marcou também a assinatura do contrato da parceria público-privada (PPP) da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) com a Ambiental Metrosul. O objetivo do acordo é acelerar a universalização do esgotamento sanitário na Região Metropolitana de Porto Alegre, que tem a maior concentração populacional do Estado. A PPP beneficiará cerca de 1,5 milhão de pessoas, abrangendo as cidades de Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Eldorado do Sul, Esteio, Gravataí, Guaíba, Sapucaia do Sul e Viamão.
O investimento através da parceria será de R$ 1,77 bilhão, dividido em obras em execução pela Corsan (R$ 370 milhões) e investimentos do parceiro privado (estimativa de R$ 1,4 bilhão, repartido em R$ 1,03 bilhão para expansão do sistema de esgoto e R$ 374 milhões para ações comerciais e operacionais).
 

Estado concede 87 licenças ambientais para obras de energia

De acordo com o Departamento de Energia da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), em 2020 foram emitidos 87 licenciamentos ambientais para hidrelétricas, energia eólica e linhas e sistemas de transmissão. O departamento acompanha ainda a execução do lote das linhas de transmissão e subestações do leilão 004 realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2018, sendo que o total das obras totalizarão R$ 5,4 bilhões em investimentos no Rio Grande do Sul.

Subestação de energia Marau 2 reforça fornecimento elétrico

Complexo é investimento feito pela cooperativa Coprel

Complexo é investimento feito pela cooperativa Coprel


/COPREL/DIVULGAÇÃO/JC
Com investimentos de R$ 14 milhões, a cooperativa Coprel se preparou para atender ao crescimento da demanda por energia na região de Marau pelos próximos 15 anos. Em agosto, entrou em operação a subestação de energia Marau 2. O investimento no complexo contempla a construção de 4,5 quilômetros de linha de distribuição em 138kV e instalação de dois transformadores de 15 MVA, que atuam de forma simultânea, em redundância. A subestação vai atender 5.720 famílias dos municípios de Marau, Camargo, Casca, Ciríaco, David Canabarro, Gentil, Montauri, Muliterno, Nicolau Vergueiro, Santo Antônio do Palma e Vila Maria.

PCH Morro Grande recebe licença e inicia atividades

Pequena Central Hidrelétrica está localizada no Rio Ituim, no município de Muitos Capões

Pequena Central Hidrelétrica está localizada no Rio Ituim, no município de Muitos Capões


Morro Grande/Divulgação/JC
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) emitiu em outubro a licença de operação (LO) para atividade de geração de hidreletricidade na Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Morro Grande, localizada no Rio Ituim, no município de Muitos Capões. As atividades da hidrelétrica iniciaram no dia 15 do mesmo mês, após a liberação da operação comercial pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A previsão de geração de energia é de 9,8 MW (cerca de 0,3% da demanda de energia do Estado). Durante todo processo de estudo e implantação, foram gerados mais de 1,5 mil empregos.

Porto de Rio Grande ganha novo calado

Complexo pode receber navios de até 366 metros, uma diferença de 29 metros ante à capacidade anterior

Complexo pode receber navios de até 366 metros, uma diferença de 29 metros ante à capacidade anterior


/WENDERSON ARAUJO/TRILUX/CNA/JC
Após cinco anos e com a remoção de mais de 16 milhões de metros cúbicos de sedimentos, o calado operacional do chamado canal interno do Porto de Rio Grande, onde estão os terminais portuários mais importantes e com o maior fluxo de cargas, passou de 12,8 metros para 15 metros (mais do que o previsto inicialmente, que era 14,5 metros). Com isso, o complexo pode receber embarcações de até 366 metros - uma diferença de 29 metros em relação à capacidade anterior, de 337 metros.
O contrato original da dragagem foi assinado em julho de 2015 e o consórcio vencedor da disputa para realizar o serviço foi formado pelas empresas Jan de Nul do Brasil e Dragabrás, que fecharam na época o acordo por R$ 368,6 milhões (recurso proveniente da União). Porém, conforme informações do governo federal, o aporte final ficou próximo de R$ 500 milhões.