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Economia

- Publicada em 29 de Dezembro de 2020 às 19:06

B3 fecha em alta de 0,24%, aos 119.409,15 pontos, mais perto de recorde

Em dezembro, avança 9,66%, com ganho de 3,25% em 2020

Em dezembro, avança 9,66%, com ganho de 3,25% em 2020


NELSON ALMEIDA/AFP/JC
Agência Estado
Com o rali que se impôs a partir de novembro na B3, o Ibovespa se aproxima do fim de 2020 perto de cumprir a profecia de que, apesar das incertezas que marcaram o ano da pandemia, possa fechar o calendário em terreno recorde, renovado nesta terça (29) no intradia, aos 119.860,91 pontos. Conduzido nos últimos dois meses pelo fluxo estrangeiro, o volume histórico de ingresso externo em novembro - ainda positivo em dezembro, a R$ 17 bilhões - colocou o índice próximo a inéditos 120 mil pontos, referência que passou a ser de parte do mercado para o fechamento do ano. Em dezembro, avança 9,66%, com ganho de 3,25% em 2020.
Com o rali que se impôs a partir de novembro na B3, o Ibovespa se aproxima do fim de 2020 perto de cumprir a profecia de que, apesar das incertezas que marcaram o ano da pandemia, possa fechar o calendário em terreno recorde, renovado nesta terça (29) no intradia, aos 119.860,91 pontos. Conduzido nos últimos dois meses pelo fluxo estrangeiro, o volume histórico de ingresso externo em novembro - ainda positivo em dezembro, a R$ 17 bilhões - colocou o índice próximo a inéditos 120 mil pontos, referência que passou a ser de parte do mercado para o fechamento do ano. Em dezembro, avança 9,66%, com ganho de 3,25% em 2020.
Hoje, em dia cauteloso em Nova York frente a dúvidas quanto à aprovação pelo Senado do aumento do valor de auxílios nos EUA, o Ibovespa chegou a acompanhar a guinada de Wall Street a terreno negativo à tarde, mas conseguiu emendar o quarto ganho ao fechar em leve alta de 0,24%, aos 119.409,15, agora mais perto da máxima histórica de fechamento, de 23 de janeiro, então aos 119.527,63 pontos. Nesta terça-feira, tocou mínima na sessão a 118.750,10, com abertura a 119.130,06 pontos. Fraco, o giro financeiro totalizou R$ 22,7 bilhões, abaixo do volume das duas sessões anteriores, antes e depois do feriado de Natal. Foi a primeira vez que o índice da B3 conseguiu sustentar os 119 mil pontos em fechamentos consecutivos - e apenas a terceira ocasião em que atinge este nível no encerramento.
"A impressão é de que o Ibovespa pode ir aos 120 mil pontos e aí o ano acaba, só está faltando isso", diz Rodrigo Barreto, analista da Necton, que considera que o salto do Ibovespa neste fim de ano em direção a terreno não mapeado deve ser sucedido por uma correção. Foi mais ou menos o que aconteceu no início de janeiro quando, vindo de rali em dezembro que o havia colocado a 115.645,34 pontos na última sessão de 2019 - tendo encerrado novembro na casa de 108 mil -, buscou a então inédita marca de 118.573,10 pontos ainda na primeira sessão de 2020, para iniciar moderada correção nos seis pregões seguintes, que devolveria o Ibovespa aos 115,5 mil no fechamento de 10 de janeiro - em período anterior à pandemia.
Vale lembrar que 2020 começou de forma bem diversa da que chega agora ao fim: no início do ano, o otimismo decorria da expectativa para a assinatura da fase 1 do acordo entre EUA e China, algo que viria a sair de cena nas semanas e meses seguintes, com a disseminação do novo coronavírus pelo mundo após sua identificação inicial em Wuhan. Vacinas desenvolvidas em tempo recorde, e o início de sua aplicação nas maiores economias em dezembro, deram algum alento para a chegada do ano novo. Contudo, fatores externos como a nova cepa - possivelmente mais contagiosa - identificada no Reino Unido e domésticos, como a situação fiscal e a incerteza sobre a imunização no Brasil, recomendam cautela para a virada a 2021.
"A indefinição e o atraso no início da vacinação tendem a resultar em custo fiscal maior. Assim, mais do que propriamente ao fiscal em si, os riscos no Brasil estão muito associados à questão de imunizar: quando, como e quais serão os objetivos neste tema, ainda em aberto por aqui. Continuamos retardatários nisso", aponta Shin Lai, estrategista-chefe da Upside Investor Research, que considera que a pandemia deve se agravar em janeiro e fevereiro, com aumento de mortes no inverno do hemisfério norte, antes de dar lugar a uma recuperação econômica liderada pela China, mas que também se observará nos Estados Unidos e na Europa.
"No curto prazo, ainda haverá pressão, volatilidade - o caminho não será suave, existe espaço para correção no início do ano. No Brasil, o primeiro trimestre parece perdido, talvez até mesmo o segundo, caso não sejam tomadas as iniciativas devidas. Há indefinição inclusive sobre como ficará o auxílio ao consumo dos mais pobres. Ainda assim, o segundo semestre deve ser de recuperação. A expansão das receitas e o crescimento dos resultados operacionais das empresas abrem espaço para reprecificação na Bolsa, que sempre antecipa o movimento", acrescenta o estrategista, que vê avanço de cerca de 20% para o Ibovespa em 2021, o que colocaria o índice da B3 na faixa de 144 a 150 mil no fechamento do próximo ano.
Nesta penúltima sessão de 2020, as ações de maior peso - commodities e bancos - tiveram desempenho misto no encerramento, com Petrobras PN em alta de 0,32% e Vale ON, leve baixa de 0,27%, Bradesco PN, de 0,40%, e Itaú PN, de 0,22%. Na ponta do Ibovespa, destaque para CSN, em alta de 4,86%, seguida por Usiminas (+4,29%) e Intermédica (+2,53%). No lado oposto, Multiplan cedeu 2,15%, Sabesp, 2,12%, e Iguatemi, 1,92%.
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