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Economia

- Publicada em 15 de Dezembro de 2020 às 15:07

Nível de emprego do setor eletroeletrônico cresce 4% em 2020

Haubert destaca importância da manutenção dos benefícios do ICMS

Haubert destaca importância da manutenção dos benefícios do ICMS


LUIZA PRADO/JC
Roberta Mello
Mesmo em um ano de pandemia, a indústria eletroeletrônica conseguiu encerrar 2020 com resultados positivos. No Brasil, houve incremento de 4% em seu nível de emprego, que passou de 234 mil em dezembro de 2019 para 243 mil pessoas no final deste ano. Só no Rio Grande do Sul, são mais de 10 mil trabalhadores. Os dados do setor foram apresentados nesta terça-feira (15) em uma reunião virtual.
Mesmo em um ano de pandemia, a indústria eletroeletrônica conseguiu encerrar 2020 com resultados positivos. No Brasil, houve incremento de 4% em seu nível de emprego, que passou de 234 mil em dezembro de 2019 para 243 mil pessoas no final deste ano. Só no Rio Grande do Sul, são mais de 10 mil trabalhadores. Os dados do setor foram apresentados nesta terça-feira (15) em uma reunião virtual.
O faturamento da indústria eletroeletrônica deve encerrar 2020 em R$ 173,4 bilhões - aumento real de 1% ante 2019. Apesar do crescimento nominal de 13% na comparação com 2019 (R$ 153 bilhões), o aumento real ficou bem abaixo uma vez que a inflação do setor, segundo o Índice de Preços ao Produtor (IPP), fechou o ano em 12%.
A produção industrial de bens eletroeletrônicos apresentou queda de 2% em 2020 em relação ao ano passado. Já a utilização da capacidade instalada caiu de 78% para 75% este ano.
No Rio Grande do Sul, o grande desafio para seguir a alta esperada para o setor nacionalmente será garantir a prorrogação dos benefícios de ICMS utilizados pelas empresas do setor eletroeletrônico - direito este que expira em 31 de dezembro de 2020. “Esta é uma pauta prioritária para que o Estado continue na dianteira da inovação”, disse o diretor regional da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee-RS), Régis Haubert.
Para o secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Luis Lamb, é preciso colocar a inovação no centro da estratégia de geração de valor para que a economia (tanto brasileira quanto gaúcha) passe de uma base low-tech para uma base de alta tecnologia. “O Rio Grande do Sul é um estado com grande potencial. Apesar de termos só 5% da população nacional, temos 12% da pesquisa em tecnologia”, salientou Lamb.
O governador Eduardo Leite enviou um vídeo apresentado durante a reunião e complementou que tornar o estado referência em inovação é uma das suas metas. “O setor tem papel fundamental, transversal e alavancador da modernidade. Além da importância individual, tem ligação com outras áreas fortes da economia gaúcha, como o agronegócio”, pontuou Leite.
A estabilidade no faturamento e ligeira queda produção do setor em 2020 repete desempenho semelhante ao do ano passado, quando também não houve crescimento nestes indicadores. Porém, em 2020, o resultado é comemorado devido à existência de um fator externo devastador: a pandemia do novo coronavírus.
O presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, observa que até maio todos os indicadores apontavam para um cenário drástico em 2020, em razão da pandemia, mas o dinamismo e a resiliência do setor reverteram a curva descendente dos indicadores. "As empresas conseguiram fazer uma leitura rápida do atual cenário, adequando processos e linhas de produção para a nova realidade", afirma Barbato.
Para 2021, os empresários do setor têm expectativas favoráveis. A mais recente Sondagem realizada com os associados da Abinee indicou que 75% das empresas projetam crescimento nas vendas/encomendas no próximo ano; 22%, estabilidade e apenas 3%, queda.
Também o último Índice de Confiança do Setor Eletroeletrônico (ICEI) divulgado pela Abinee, em novembro, atingiu 62,9 pontos. Acima de 50 pontos, o ICEI indica confiança do empresário. “Estamos encerrando 2020 com um Índice de Confiança positivo e superior ao do ano passado”, observa Barbato. Em novembro de 2019, o ICEI havia alcançado 61 pontos.
Considerando a projeção de crescimento do PIB de 3,5% e inflação em torno de 3,3% ao ano em 2021, a projeção é que o faturamento cresça 12% em termos nominais e 7% em termos reais (descontando a inflação), chegando a R$ 194,3 bilhões até o final do ano seguinte.
A Abinee também projeta elevação de 6% na produção e aumento de 3% no nível de emprego, que deve passar de 243 mil para 249,5 mil trabalhadores. As exportações devem crescer 7% (US$ 4,7 bilhões) e as importações, 10% (US$ 31,6 bilhões).
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