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Economia

- Publicada em 14 de Dezembro de 2020 às 11:07

Otimismo com vacina nos EUA garante alta ao Ibovespa

Indicador da B3 subia 0,42%, aos 115.610 pontos

Indicador da B3 subia 0,42%, aos 115.610 pontos


ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOLHAPRESS/JC
Agência Estado
A chegada da vacina à população dos Estados Unidos e a continuidade de imunização em outras partes do globo dão otimismo aos investidores. A alta nas bolsas europeias, nos índices futuros de Nova Iorque e do petróleo no exterior ocorre apesar do aumento de casos de Covid-19 no mundo, que já leva a adoção de medidas sociais mais restritivas, caso da Alemanha, o que pode atrapalhar a dinâmica da retomada da economia mundial.
A chegada da vacina à população dos Estados Unidos e a continuidade de imunização em outras partes do globo dão otimismo aos investidores. A alta nas bolsas europeias, nos índices futuros de Nova Iorque e do petróleo no exterior ocorre apesar do aumento de casos de Covid-19 no mundo, que já leva a adoção de medidas sociais mais restritivas, caso da Alemanha, o que pode atrapalhar a dinâmica da retomada da economia mundial.
O governo americano iniciou o esforço de distribuição das doses da vacina desenvolvida pela Pfizer e pelo laboratório BioNTech. Até quarta-feira, 2,9 milhões de doses devem chegar a cerca de 600 locais de aplicação da vacina. Enquanto isso, o investidor fica à espera do pacote de estímulos fiscais para atenuar os impactos da pandemia na economia. Já Cingapura aprovou o uso da vacina dos mesmos fabricantes dos EUA. A autoridade disse esperar vacinas para toda a população no terceiro trimestre de 2021.
A despeito do ânimo internacional, investidores já colocam o pé no freio, se preparando para as folgas de Natal e da virada do ano. Isso pode ser impedimento de mais ganhos robustos na B3 nessa reta final. Na sexta-feira, o Ibovespa fechou estável, aos 115.128 pontos, voltando ao nível de fevereiro, reduzindo as perdas do ano a 0,45%. Mais cedo, zerou a queda anual, mas logo voltou a ficar no negativo.
Depois de tocar a máxima aos 115.740,10 pontos, o Ibovespa reduziu a velocidade de alta. Às 11h05min, subia 0,42%, aos 115.610 pontos, mas voltando a acumular queda no ano de 0,15%, no horário citado. Já o dólar diminuiu o ritmo de queda, movimento também acompanhado pelas taxas de juros. A moeda cedia 0,32%, a R$ 5,0299, após mínima a R$ 5,0109. A despeito da comemoração com o avanço das vacinas à população mundial, a segunda onda do novo coronavírus, à medida que tende a colocar em dúvida a retomada da economia global. Além disso, há dúvidas sobre quando o Brasil começará a imunizar a população brasileira.
Nesta manhã, o vice-presidente Hamilton Mourão reiterou que tomará qualquer vacina contra a Covid-19 que seja certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mourão é um dos poucos membros do alto escalão do governo que ainda não contraiu a doença. Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro, Mourão é um entusiasta do imunizante. O Ministério da Saúde, por sua vez, nega repetidamente a acusação de negligência e garante que o abastecimento dos medicamentos para doenças raras está "regular".
Além disso, as ações de empresas ligadas a commodities metálicas passam por realização de lucros, após ganhos recentes, pesando sobre o Ibovespa. O minério de ferro fechou em queda de 3,60%, a US$ 154,37 a tonelada, no porto chinês de Qingdao, na China, depois de dez altas consecutivas. Na lista das principais quedas do índice estavam justamente esses papéis: CSN ON (-2,65%), Vale ON (-0,88%), Usiminas PNA (-0,66%) e Gerdau Met. PN (-0,19%). Tinha ainda Bradespar (-0,84%), acionista da Vale. Já CVC ON subia 2,66%, diante da notícia de vacinação contra a Covid-19 no Hemisfério Norte.
Conforme o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira, se houver fluxo, o índice pode buscar os inéditos 120 mil pontos nos próximos dias. "O problema é que por causa do fim do ano os mercados vão parando", diz em análise enviada a clientes e à imprensa.
Além disso, requer bastante atenção a agenda semanal, que está repleta de indicadores de atividade, decisões de política monetária norte-americana, na Inglaterra e no Japão, entrevista de autoridades como o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). No Brasil, serão informados a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), amanhã, e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), na quinta-feira, que serão avaliados com afinco depois do entendimento do mercado de que o processo de retomada da Selic está próximo.
Há pouco, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,86% pela sexta vez seguida em outubro ante setembro, mas ficou aquém da mediana de alta de 1,10% das estimativas na pesquisa do Estadão.. Ante outubro de 2019, cedeu 2,61%, caindo mais que mediana de -2,0% das projeções (-3,70% a alta de 0,30%).
O BTG Pactual ressalta, em nota, que a incorporação da revisão dos últimos números do Produto Interno Bruto (PIB) levou uma base maior de comparação, o que resultou em dados mais tímidos. O banco ainda afirma que a recuperação econômica permanece heterogênea entre os setores, com destaque para serviços que ainda recua -7,4% na comparação anual, enquanto varejo avança 8,3% e a indústria 0,3%.
Apesar de esperar continuidade de recuperação econômica, o BTG pondera que, para os próximos meses ainda há muita incerteza, principalmente pela cautela dos consumidores, pelo cenário desafiador no mercado de trabalho e proximidade do fim do auxílio emergencial. Do lado positivo, o Congresso marcou para quarta-feira a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 e de dois projetos, que abrem um crédito adicional no Orçamento deste ano, totalizando R$ 141,4 milhões em autorizações para o governo do presidente Jair Bolsonaro.
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