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Economia

- Publicada em 10 de Dezembro de 2020 às 15:15

Moderadamente otimista, Federasul estima crescimento em 2021 desde que decisões políticas não impeçam

 Fernando Marchet e Simone Leite apresentaram um balanço do ano nesta quinta-feira

Fernando Marchet e Simone Leite apresentaram um balanço do ano nesta quinta-feira


REPRODUÇÃO/JC
Roberta Mello
Após um ano já considerado o pior período de toda a história, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) mantém uma posição “moderadamente otimista” em relação a 2021. Para isso, "decisões políticas não podem interferir no andamento das atividades econômicas”, disse a presidente da entidade Simone Leite durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (10).
Após um ano já considerado o pior período de toda a história, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) mantém uma posição “moderadamente otimista” em relação a 2021. Para isso, "decisões políticas não podem interferir no andamento das atividades econômicas”, disse a presidente da entidade Simone Leite durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (10).
Simone se referiu aos inúmeros decretos e protocolos adotados em todo o País, que inviabilizaram a manutenção de operações em empresas de diferentes setores. A conjuntura atípica vivida atualmente foi um dos motivos de evitar previsões mais arrojadas. 
“Em janeiro, a Federasul teve a ousadia de entender que o Rio Grande do Sul decolaria em 2020 e que a realização das reformas dariam um impulso nas contas públicas”, lembra Simone. Na época, a previsão do PIB feita pela entidade girava em torno de 3%. As empresas acompanharam essas estimativas.
Porém, no final de março, com a chegada em solo gaúcho da Covid-19, o cenário mudou. “Para a retomada em 2021 precisamos de confiança e estabilidade, mas também de decisões políticas que não atrapalhem o empreendedorismo e desenvolvimento”, pontuou Simone Leite.  
Em relação ao governo do Estado, Simone também criticou a apresentação do PL 246, que, segundo ela, deve gerar “o aumento de impostos, retirar a competitividade econômica e criminalizar quem, por força da crise, não pode honrar com os tributos estaduais”. “Se aumento de impostos fosse bom, o Estado seria campeão em desenvolvimento. Majorar é, sem dúvida, o principal freio para o avanço e à retomada da economia”, disse Simone Leite.
De acordo com levantamento da Federasul, o Projeto de Lei deve ser derrotado, visto que foram contabilizados, até a noite da última quarta-feira (9), trinta votos contrários ao texto encaminhado pelo governador Eduardo Leite.
“Em 2021, vemos espaço para crescer, mas, para isso, temos que fazer nosso tema de casa”, completou o vice-presidente de Economia da entidade representativa, Fernando Marchet. Conforme balanços e projeções da federação, o Brasil e o Rio Grande do Sul tem condições de retomar a atividade econômica.
“A nível Brasil será por meio das exportações, porém a sucessão presidencial dos Estados Unidos e a economia chinesa irão dominar o discurso econômico de 2021”, salientou Marchet. De acordo com dados apresentados pelo vice-presidente, a economia norte-americana deve registrar PIB (Produto Interno Bruto), na casa de +4,5%; União Europeia (+4,0%) e China (+8%). A média global de todas as riquezas produzidas deve atingir +5%.
“O Brasil tende a colher esse crescimento também, desde que retome os planos de reformas estruturantes, tais como a Tributária e a Administrativa”, afirmou Marchet. Levando o surgimento da vacina contra o coronavírus e sua aplicação no Brasil, que irá contribuir consideravelmente para a retomada, o Brasil deverá fechar 2021 com um PIB de 3,8% e o Rio Grande do Sul 4,9%.
O ano de 2020 fecha com saldo negativo de -7% (RS) e -4,5% (BR). A Taxa Selic, atualmente em 2%, deve voltar a subir gradativamente chegando, até fim de 2021, ao dobro (4%). O câmbio do dólar, que em 2020 circunda R$ 5,20 tende a uma queda de quase 10% (R$ 4,80).
“A desvalorização do dólar está diretamente atrelada às reformas e a elevação da Taxa SELIC”, explicou o vice-presidente. A inflação brasileira, mensurada pelo índice IPCA, chega a 4,3%, em 2020, e reduz para 3,8%, em 2021.
Na última reunião Tá na Mesa do ano, Simone Leite aproveitou para se despedir da presidência da entidade. Ela encerra seu mandato à frente da federação no fim de dezembro.
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