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Economia

- Publicada em 02 de Dezembro de 2020 às 13:44

2021: mínimo regional congelado ajuda, mas estiagem e pandemia afetarão PIB, diz Fecomércio-RS

Com pandemia e falta de chuva, Estado de ter recuperação abaixo da media nacional em 2021

Com pandemia e falta de chuva, Estado de ter recuperação abaixo da media nacional em 2021


/REPRODUÇÃO/JC
Thiago Copetti
O desempenho da economia em 2021 terá uma ajudinha, que é o congelamento do salário-mínimo regional, apontou nesta quarta-feira (2), a Fecomércio-RS, ao fazer o balanço de 2020 e projetar o próximo ano. Mas a entidade preveniu que a esperada estiagem, com danos às lavouras, e ainda a pandemia devem reduzir o nível de crescimento do PIB, num ano de busca pela recomposição de perdas.   
O desempenho da economia em 2021 terá uma ajudinha, que é o congelamento do salário-mínimo regional, apontou nesta quarta-feira (2), a Fecomércio-RS, ao fazer o balanço de 2020 e projetar o próximo ano. Mas a entidade preveniu que a esperada estiagem, com danos às lavouras, e ainda a pandemia devem reduzir o nível de crescimento do PIB, num ano de busca pela recomposição de perdas.   
Em coletiva de imprensa virtual, um dia após conseguir, com outras entidades, a manutenção do mínimo regional ao longo do próximo ano, a federação avaliou que a medida reduzirá o impacto do cenário de crise.
Para a entidade, uma elevação dos salários neste momento penalizaria especialmente pequenos negócios, que já enfrentam mais dificuldades para equilibrar as vendas com o e-commerce, ao contrário do que ocorre com grandes varejistas.
A Fecomércio-RS ponderou, no entanto, que a retração nos negócios em geral começou a apresentar reversão a partir de agosto e segue avançando. Inclusive com boas perspectivas para dezembro, de acordo com o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn.
Segundo o economista da federação, Marcelo Portugal, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), em setembro, apresentava uma queda de cerca de 4% em relação aos meses anteriores ao início da pandemia no País. O indicador, em setembro estava em 91,68 pontos e se aproximando dos 94 pontos de fevereiro deste ano, depois de cair para 80,30 pontos em abril.
A melhora gradual, acrescenta Bohn, confirma-se inclusive pela arrecadação de ICMS próprio do Estado, mas as realidades são muito diferentes de região para região e setores. No topo da lista de crescimento está o segmento de móveis e eletrodomésticos, com incremento de quase 25% no ano. Já automóveis, combustíveis e vestuário apresentam retração na casa dos 10%.
“O setor varejista cresceu, mas vestuário e combustíveis ainda tem queda acentuada. Alguns dizem que se cresceu apenas em volume, mas não em resultado, mas é fato que já se cresceu consideravelmente desde agosto”, afirma Bohn.
O Rio Grande do Sul, no entanto, deve amargar ainda mais o enxugamento da renda da população. Isso se deve a união de pandemia e estiagem, que já puxou ainda mais para baixo a economia gaúcha ao longo de 2020 com as perdas no campo. E deverá fazer o mesmo em 2021, já que a falta de chuva novamente castiga o Estado.
Considerando que em 2021, no segundo semestre poderá haver uma vacina eficiente e aplicada em larga escala no País contra a Covid-19, o economista da Fecomércio-RS estima que o PIB do Estado pode avançar 2,5% em no próximo ano. Abaixo, portanto, da projeção de 3,5% para a média nacional.
A gestão dos negócios também não será fácil, em geral, com uma esperada normalização da operação de estoques e matérias primas somente a partir de abril, calcula Portugal. Também pelos próximos três ou quatro meses o economista projeta elevação da inflação.
“Mesmo com toda a alta que já vimos em itens com óleo de soja, carne e arroz, acredito que a inflação ainda sobe por mais tempo e, dependendo das ações adotadas em 2021, começando a cair no segundo semestre”, pondera Portugal.
No Estado, segundo Bohn, o desafio mais imediato é conseguir aprovar na Assembleia Legislativa o fim da majoração das alíquotas de ICMS em 2021.
“Ainda estamos travando uma batalha para que não sigamos pagando por mais quatro anos alíquotas elevadas (desde 2016, básica de 17% para 18% e de 25% para 30% em energia, combustíveis e telecomunicações)”, defende o presidente da entidade.
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