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Economia

- Publicada em 17 de Novembro de 2020 às 18:56

Juros: Taxas recuam influenciadas pelo alívio no câmbio

Agência Estado
Os juro fecharam em queda, alinhados ao câmbio, com a queda do dólar promovendo alívio nos contratos em vários pontos da curva, que hoje caiu em paralelo, ou seja, curtos e longos recuaram, em geral, na mesma magnitude. A agenda de indicadores e o noticiário em Brasília não trouxeram destaques, fazendo com que a moeda fosse o principal condutor dos negócios com juros. Ainda que de forma indireta, as taxas futuras reagiram muito positivamente ao anúncio do Banco Central ontem à noite de que faria a partir de hoje leilões de swap tradicional para contratos com vencimento em 4 de janeiro. Com o dólar mais comportado, o mercado vem reduzindo as apostas numa alta da Selic no curto prazo e a curva já precifica em torno de 80% de chance de manutenção do juro básico em 2% no Copom de dezembro.
Os juro fecharam em queda, alinhados ao câmbio, com a queda do dólar promovendo alívio nos contratos em vários pontos da curva, que hoje caiu em paralelo, ou seja, curtos e longos recuaram, em geral, na mesma magnitude. A agenda de indicadores e o noticiário em Brasília não trouxeram destaques, fazendo com que a moeda fosse o principal condutor dos negócios com juros. Ainda que de forma indireta, as taxas futuras reagiram muito positivamente ao anúncio do Banco Central ontem à noite de que faria a partir de hoje leilões de swap tradicional para contratos com vencimento em 4 de janeiro. Com o dólar mais comportado, o mercado vem reduzindo as apostas numa alta da Selic no curto prazo e a curva já precifica em torno de 80% de chance de manutenção do juro básico em 2% no Copom de dezembro.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou a sessão regular e a estendida em 3,25%, de 3,295% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 encerrou em 4,85% (regular) e 4,86% (estendida), de 4,896% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2025 terminou com taxas de 6,64% (regular) e 6,65% (estendida), de 6,695% ontem, e a do DI para janeiro de 2027 caiu de 7,474% para 7,42% (regular) e 7,43% (estendida).
O dólar em queda expressiva, em reação ao anúncio do BC ontem, desarmou não somente posições que apostavam em aperto da Selic nos vencimentos de curto e médio prazos, mas acabou também aliviando a ponta longa e, desse modo, a inclinação se manteve. "É o risk on Brasil", disse a gestora de renda fixa da MAG Investimentos, Patricia Pereira, lembrando que, porém, os juros hoje foram os ativos que menos "performaram".
O retorno do dólar para mais perto de R$ 5,30 pode ser um grande aliado na dissipação do choque de preços que o País vem enfrentando, que na visão do Banco Central é temporário, reiterada hoje pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, no 10º Congresso Internacional de Gestão de Riscos 2020, organizado pela Febraban. Durante apresentação, Campos Neto também pontuou que a inflação implícita para 2021 subiu "relativamente pouco".
O cenário de inflação também voltou a ser destaque na segunda reunião do BC com analistas nesta terça, segundo fontes presentes ao encontro. Desta vez, apesar de alguns manifestarem receio com o quadro, não houve menções a resultados do IPCA acima do centro da meta (3,75%) em 2021.
De acordo com um gestor, o recuo do dólar puxa os juros curtos para baixo ao desencorajar apostas na alta da Selic nos próximos meses. Para o Copom de dezembro, a curva precifica apenas 5 pontos-base de aumento, ou 19% de chance de elevação de 0,25 ponto porcentual.
Enquanto isso, o mercado vai monitorando o noticiário de Brasília para medir a disposição para o avanço das reformas. Lideranças do governo intensificaram hoje a costura política para a apresentação do relatório do senador Márcio Bittar (MDB-AC) sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) emergencial, que trará medidas de contenção de gastos do governo federal.
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