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Economia

- Publicada em 12 de Novembro de 2020 às 19:00

Bolsa de São Paulo fecha em baixa de 2,20% e limita avanço da semana a 1,57%

 Na semana, o índice limita o avanço a 1,57%

Na semana, o índice limita o avanço a 1,57%


ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOLHAPRESS/JC
Agência Estado
O Ibovespa emendou hoje a segunda sessão negativa de novembro, mês em que ainda registra ganho de 9,11%, agora equiparado ao de junho (+8,76%), após ter chegado a superar nesta semana o acumulado em abril, quando o índice da B3 avançou 10,25%, o maior do ciclo de recuperação - no ano, o índice cede 11,36%. Na semana, o índice limita o avanço a 1,57%.
O Ibovespa emendou hoje a segunda sessão negativa de novembro, mês em que ainda registra ganho de 9,11%, agora equiparado ao de junho (+8,76%), após ter chegado a superar nesta semana o acumulado em abril, quando o índice da B3 avançou 10,25%, o maior do ciclo de recuperação - no ano, o índice cede 11,36%. Na semana, o índice limita o avanço a 1,57%.
O entusiasmo em torno da definição eleitoral nos EUA e do progresso sobre vacina para Covid-19 aos poucos volta a dar lugar a preocupações quanto à segunda onda na Europa e a falta de controle da pandemia nos EUA, uma combinação que tem segurado a retomada global. No Brasil, a situação fiscal para 2021 segue indefinida, em perspectiva mais incerta após o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter se comprometido hoje com prorrogação do auxílio emergencial na eventualidade de segunda onda de coronavírus também por aqui.
Nos últimos dias, problemas técnicos desorganizaram a contagem de casos no País, dificultando o monitoramento da doença em momento em que os contatos sociais tendem a aumentar, com a aproximação do verão e das celebrações de fim de ano. Relatos de que internações por Covid voltaram a crescer, especialmente na rede particular de saúde, também contribuem para alimentar o temor de que a situação se agrave.
Neste contexto, acompanhando relativa piora em Nova York, com o Nasdaq também firme em terreno negativo, o Ibovespa passou a renovar as mínimas da sessão a partir do meio da tarde, chegando no piso do dia aos 102.033,75 pontos, em queda acima de 2,6% às 17h02, enquanto Dow Jones e S&P 500 apontavam perdas entre 1,4% e 1,5%. Ao final o índice da B3 mostrava perda de 2,20%, aos 102.507,01 pontos, tendo atingido na máxima 105.018,66, saindo de abertura a 104.810,06 pontos. Como nas últimas sessões, o giro se manteve acima do habitual, embora moderado hoje a R$ 35,3 bilhões, após ter superado R$ 51 bilhões na terça-feira.
Naquele pregão, o investidor estrangeiro ingressou com R$ 4,968 bilhões na B3, de acordo com dados publicados hoje pela Bolsa. O número quebrou o recorde nominal da série de dados compilada pelo Broadcast, de R$ 4,502 bilhões, que havia sido registrada no dia anterior. A série tem dados diários desde janeiro de 2007.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse hoje que a pandemia continua como risco relevante para a economia, e que a retomada da atividade ainda é desigual e incompleta, de forma que "o Congresso talvez possa fazer mais na política fiscal". Por sua vez, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, apontou que a vacina é uma boa notícia, mas recomendou cautela ao lembrar que persistem incertezas, inclusive sobre a logística de aplicação.
A insistência do presidente Donald Trump em questionar o resultado da eleição tem atrasado o início do processo de transição política na maior economia do mundo, prejudicando o desenho de iniciativas para conter a progressão da pandemia, em sucessivos recordes de infecção diária nos EUA. Passada a euforia da eleição e o sinal positivo dado no início desta semana sobre a eficácia da vacina desenvolvida por Pfizer e BioNTech, os investidores optam por embolsar os lucros que vinham se acumulando desde o início do mês.
Assim, o Ibovespa deu continuidade nesta quinta-feira à correção iniciada ontem, após ter avançado mais de 11 mil pontos entre o fechamento anterior à eleição americana (93.952,40, em 30 de outubro) e a sessão de terça-feira, 10 de novembro, quando alcançou seu maior nível de fechamento desde 29 de julho, aos 105.066,96 pontos, anteontem.
"Houve balanços positivos, como Magalu e Taesa, mas o que prevaleceu hoje foi o lado fiscal, a falta de definição de como ficará a situação para o consumidor em 2021, ainda sem que se saiba do auxílio. Há muitas indefinições também no exterior, com a segunda onda de Covid na Europa e esta dificuldade na transição americana, que deve atrasar o pacote fiscal nos EUA", diz Ari Santos, operador de renda variável da Commcor.
Na B3, com ganhos ainda entre 15% e 19% neste mês, as ações da Petrobras participaram deste segundo dia de realização de lucros, com a PN em queda de 4,24% e a ON, de 4,11%, no fechamento desta quinta-feira, enquanto Vale ON, com ganho de 3,50% em novembro, teve ajuste mais discreto na sessão, em baixa de 1,46%. Também entre os destaques negativos do dia, após estarem entre as maiores recuperações observadas no mês, as ações de bancos mostraram hoje perdas entre 2,44% (Itaú PN) e 4,19% (BB ON), com ganhos em novembro ainda entre 9,83% (Banco do Brasil) e 19,05% (Itaú PN).
Na ponta negativa do Ibovespa, Azul cedeu hoje 6,38%, à frente de Gol (-5,92%) e Via Varejo (-5,73%). Na face positiva do índice, Taesa subiu 3,10%, Hapvida, 1,97%, e B2W, 1,51%.
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