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Turismo

- Publicada em 07 de Novembro de 2020 às 15:59

Setor hoteleiro de Gramado comemora retorno dos hóspedes

Após fortes perdas nos negócios no primeiro semestre, empresas veem crescimento de reservas em Gramado para novembro e dezembro

Após fortes perdas nos negócios no primeiro semestre, empresas veem crescimento de reservas em Gramado para novembro e dezembro


CLEITON THIELE/SERRAPRESS/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Depois de enfrentar longos períodos com as atividades paralisadas devido à pandemia de Covid-19, o setor hoteleiro de Gramado e Canela já olha com otimismo os próximos meses. Mesmo com restrições de ocupação, os cerca de 270 hotéis das duas cidades, que somam 24 mil leitos, esperam que o público aumente até dezembro, ajudando a recuperar parte das perdas do ano.
Depois de enfrentar longos períodos com as atividades paralisadas devido à pandemia de Covid-19, o setor hoteleiro de Gramado e Canela já olha com otimismo os próximos meses. Mesmo com restrições de ocupação, os cerca de 270 hotéis das duas cidades, que somam 24 mil leitos, esperam que o público aumente até dezembro, ajudando a recuperar parte das perdas do ano.
O presidente do Sindicato da Hotelaria, Restaurantes, Bares, Parques, Museus e Similares da Região das Hortênsias (Sindtur Serra Gaúcha), Mauro Salles, destaca que, no primeiro semestre, o setor turístico dos dois municípios sofreu duras perdas. “Em março e abril ficamos 100% parados, em maio a ocupação foi de apenas 15% nos hotéis. Em junho, quando começava uma recuperação e havia previsão de boas vendas com o Dia dos Namorados junto do feriado de Corpus Christi, veio a bandeira vermelha”, lembra o dirigente. “Para um município como Gramado, onde 86% do PIB (Produto Interno Bruto) vem do turismo, isso foi uma catástrofe”.
Um dos marcos da crise enfrentada pelo setor no período foi o fechamento, em maio, do tradicional hotel Laje de Pedra, de Canela, após 42 anos de atuação. Em dificuldades financeiras, o empreendimento não resistiu à queda de receita causada pela pandemia.
A situação começou a mudar a partir do fim de agosto, com o início da queda do ritmo de contaminações, as flexibilizações no modelo de distanciamento controlado e os feriadões do segundo semestre. “As pessoas aprenderam a lidar melhor com a proteção à saúde, e agora o turista já está mais confiante. As ocupações nos hotéis são crescentes, tanto que, mesmo com as restrições impostas, os eventos de Natal atraem público suficiente para bater, nos finais de semana, o limite de 60% dos quartos”, afirma Salles.
O dirigente do Sidntur Serra Gaúcha destaca que o bom momento nos negócios hoteleiros já vem se refletindo nos empregos do setor. “O saldo de demissões e contratações já é positivo, e começamos a recuperar vagas que foram perdidas no primeiro semestre”, comenta.
Até o fim de janeiro, a tendência, de acordo com Salles, é que o bom momento prossiga. “Em dezembro começam as férias escolares, e as famílias já podem fazer viagens, especialmente de carro, e essa situação deve seguir no mês seguinte”, explica.
Apesar do otimismo, o setor vê com preocupação a situação do primeiro semestre de 2021, quando começar a baixa temporada, em fevereiro. Segundo Salles, as empresas ainda correm sérios riscos financeiros que podem demorar a ser remediados. Durante a Feira Internacional de Turismo de Gramado (Festuris), as entidades do setor turístico da região das Hortênsias solicitaram ao governador Eduardo Leite o aumento do limite de ocupação dos hotéis, assim como outras medidas. Em troca, as empresas se comprometem a seguir os protocolos de segurança.
“As equipes do governo do Estado já estão analisando o que pode ser feito para ajudar as empresas do setor. Mas sabemos que é preciso manter sob controle a doença para termos um cenário de recuperação mais rápida. Apresentamos demandas, mas também temos que responsáveis”, afirma o presidente do Sindtur.
Além disso, Salles torce para que uma vacina contra a Covid-19 seja liberada o mais breve possível. “Se vacinarmos no início de 2021 ao menos as pessoas mais vulneráveis já daria mais confiança para o setor. O turismo tem potencial para uma recuperação rápida, havendo condições sanitárias”, afirma.

Rede Laghetto tem registrado forte demanda de público

Devido à pandemia, grupo teve que adiar a entrega de alguns empreendimentos previstos para este ano

Devido à pandemia, grupo teve que adiar a entrega de alguns empreendimentos previstos para este ano


LAGHETTO/DIVULGAÇÃO/JC
Uma dos primeiros grupos hoteleiros a fechar as portas devido à pandemia, ainda em março, a rede Laghetto está sentindo uma forte retomada de negócios em suas unidades em Gramado e Canela. Desde que o Natal Luz começou, em 22 de outubro, as reservas nos finais de semana e feriados têm alcançado o teto de 60% de ocupação exigido para as regiões de bandeira laranja no distanciamento controlado, segundo a gerente de marketing da rede, Flaviana Yamaguchi.
Com 18 hotéis entre Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, a rede Laghetto possui 2,4 mil apartamentos no total. Em Gramado são 10 unidades, além de uma em Canela, somando 1130 quartos, que vêm registrando grande procura pelos hóspedes. “Para dezembro, já tivemos que parar as vendas em algumas datas, devido ao limite de 60% de ocupação”, afirma Flaviana.
Devido à pandemia, a rede Laghetto teve que adiar a entrega de alguns empreendimentos previstos para este ano. Ficaram para 2021 a inauguração do Golden Gramado Laghetto Resort, primeiro resort do grupo, com 345 quartos; e também do hotel Laghetto Allegro Vita, com 140 quartos.
A gerente de marketing acredita que a retomada de negócios deve ganhar força nos próximos meses. “As pessoas estão adotando os cuidados sanitários, e veem que estamos usando todos os protocolos exigidos de higiene e segurança. O público regional e nacional já nos procura bastante, e estamos começando a receber alguns estrangeiros também”, comenta.

Master investe para atrair eventos

Estruturas podem abrigar 2 mil pessoas, mas protocolos de segurança limitam uso a apenas 30% da capacidade

Estruturas podem abrigar 2 mil pessoas, mas protocolos de segurança limitam uso a apenas 30% da capacidade


REDE MASTER HOTÉIS/DIVULGAÇÃO/JC
Usada frequentemente como sede de eventos, a unidade da rede Master em Gramado teve que se adaptar para atrair novamente a organização de congressos e palestras durante a pandemia. O grupo montou uma estrutura idealizada para receber eventos presenciais, virtuais e híbridos, com tecnologia de ponta e estúdio de gravação exclusivo.
“Equipamos uma sala de eventos para fazer transmissão ao vivo. Já realizamos lives em modelo 100% on-line, com apenas o organizador e palestrante presentes, e foi um sucesso”, destaca Livia Trois, diretora geral da Rede Master.
Na próxima semana, acontecerá o primeiro evento híbrido realizado no espaço, onde uma parte do público é presencial, e outra visualiza as palestras de forma on-line. De segunda-feira (9) a quarta-feira (11), o Master Gramado irá sediar o XVIII Seminário Sul-Brasileiro de Previdência Pública. No salão que sediará o evento irá abrigar 200 pessoas, menos da metade dos 750 lugares existentes. O protocolo para a realização do seminário foi montado em conjunto a vigilância sanitária, e deverá ser usado como modelo para outros eventos do mesmo tipo.
O hotel possui seis salas para pequenos eventos e dois salões maiores. No total, as estruturas podem abrigar 2 mil pessoas ao mesmo tempo. No entanto, os protocolos de segurança exigem a utilização de apenas 30% da capacidade.
O Master Gramado conta com 234 quartos, mas apenas 60% podem ser ocupados, seguindo as determinações sob bandeira laranja no modelo de distanciamento controlado do governo do Estado. Livia afirma que a procura por reservas é crescente. “Em dezembro, já temos datas que não temos mais apartamentos para vender, para não superar o limite de 60% de ocupação”, destaca.
Para dar mais segurança aos visitantes, a rede procurou investir em digitalização de processos, para reduzir contato e tempo de espera do hóspede na recepção; sistemas de higienização; e fechamento de áreas comuns, mantendo abertos apenas espaços mais amplos, entre outras medidas.