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Economia

- Publicada em 05 de Novembro de 2020 às 18:56

Dólar tem novo dia de forte queda com Biden e cai a R$ 5,54

O dólar à vista terminou em queda de 1,91%, cotado em R$ 5,5459

O dólar à vista terminou em queda de 1,91%, cotado em R$ 5,5459


MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/JC
Agência Estado
O dólar teve novo dia de forte queda ante o real, refletindo o otimismo no mercado internacional com a possível vitória de Joe Biden para a presidência nos Estados Unidos, que pode ser anunciada já nesta quinta-feira, 5. A expectativa por um pacote de estímulo fiscal em 2021 e um governo mais previsível do que o de Donald Trump em meio ao perfil mais conciliador do democrata estimulou os agentes a buscarem ativos de risco nos emergentes. Com isso, o dólar fechou no menor valor desde 9 de outubro e o Credit Default Swap (CDS) do Brasil, termômetro do risco-país, caiu ao menor patamar desde o começo de março. Nesta semana, o dólar já recua 3,35%.
O dólar teve novo dia de forte queda ante o real, refletindo o otimismo no mercado internacional com a possível vitória de Joe Biden para a presidência nos Estados Unidos, que pode ser anunciada já nesta quinta-feira, 5. A expectativa por um pacote de estímulo fiscal em 2021 e um governo mais previsível do que o de Donald Trump em meio ao perfil mais conciliador do democrata estimulou os agentes a buscarem ativos de risco nos emergentes. Com isso, o dólar fechou no menor valor desde 9 de outubro e o Credit Default Swap (CDS) do Brasil, termômetro do risco-país, caiu ao menor patamar desde o começo de março. Nesta semana, o dólar já recua 3,35%.
No fechamento, o dólar à vista terminou em queda de 1,91%, cotado em R$ 5,5459. No mercado futuro, o dólar para dezembro fechou em queda de 2,20%, aos R$ 5,5320.
O dólar testou ante divisas fortes o menor valor hoje desde o começo de setembro. Para o sócio e diretor de Pesquisas Globais da Tudor Investment Corporation, Lorenzo Giorgianni, os mercados internacionais abraçaram a ideia de um governo Biden mais conciliador e estável e ainda com chance de maior pacote de estímulo fiscal, por conta da pressão causada pela pandemia do coronavírus. Hoje, os casos diários voltaram a superar 100 mil nos EUA. O executivo não descarta que pode vir um pacote perto de US$ 2 trilhões até fevereiro.
"Biden tem chance de trazer união, que seria positiva para ativos de risco", disse ele em palestra durante evento do Itaú, prevendo um dólar mais fraco neste ambiente. Os mercados estão tendo performance positiva pensando nesse cenário, de uma administração mais equilibrada e com trabalho em conjunto, ressaltou Giorgianni. Para ele, o pior cenário neste momento é a contestação judicial dos resultados finais por Donald Trump, que ameaça trazer muita incerteza e ainda colocar o país numa crise constitucional, em meio a um limbo no poder. Hoje, o republicano já recebeu uma negativa da Justiça ao tentar parar a contagem de votos no Michigan.
Para o diretor em Nova York do banco MUFG, Christopher Rupkey, a incerteza eleitoral, que vinha pressionando os ativos nas últimas semanas, se reduziu hoje. Com isso, os mercados estão na expectativa de mudanças na próxima administração, com medidas que ajudem a recuperar a economia. Na tarde de hoje, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comentou que um governo democrata pode dar mais estímulo que os republicanos.
A moeda americana chegou a cair para a mínima do dia, a R$ 5,53, durante a entrevista do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. O dirigente ressaltou na tarde de hoje que o ritmo de melhora da atividade ficou mais moderado e voltou a falar da necessidade de mais estímulos fiscais e monetários. Além disso, prometeu manter as medidas extraordinárias tomadas pela instituição este ano.
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