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Economia

- Publicada em 04 de Novembro de 2020 às 18:44

Dólar tem forte queda com perspectiva de vitória de Biden e fecha em R$ 5,65

Foi a maior queda porcentual desde 28 de agosto

Foi a maior queda porcentual desde 28 de agosto


MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/JC
Agência Estado
As mesas de câmbio operaram nesta quarta-feira (4) monitorando de perto a apuração dos votos nos Estados Unidos. O dólar ampliou o ritmo de queda no exterior e aqui na medida em que as chances de vitória de Joe Biden com um Congresso dividido cresceram, cenário em que fica menos provável aumento de impostos e mudanças regulatórias no país. Internamente, o avanço da agenda no Senado, com a aprovação da autonomia do Banco Central, e na Câmara, com a votação dos vetos presidenciais à desoneração da folha salarial, foi bem recebida pelos investidores e ajudou o real a ter o melhor desempenho hoje no mercado internacional, considerando uma cesta de 34 moedas mais líquidas.
As mesas de câmbio operaram nesta quarta-feira (4) monitorando de perto a apuração dos votos nos Estados Unidos. O dólar ampliou o ritmo de queda no exterior e aqui na medida em que as chances de vitória de Joe Biden com um Congresso dividido cresceram, cenário em que fica menos provável aumento de impostos e mudanças regulatórias no país. Internamente, o avanço da agenda no Senado, com a aprovação da autonomia do Banco Central, e na Câmara, com a votação dos vetos presidenciais à desoneração da folha salarial, foi bem recebida pelos investidores e ajudou o real a ter o melhor desempenho hoje no mercado internacional, considerando uma cesta de 34 moedas mais líquidas.
O dólar à vista fechou em baixa de 1,88%, cotado em R$ 5,6538. Foi a maior queda porcentual desde 28 de agosto. No mercado futuro, o dólar para dezembro cedia 1,64% às 18h, negociado em R$ 5,6690.
Com a apuração ainda em andamento em vários estados americanos, o cenário que se desenha nesta tarde é um Congresso dividido, e chance de vitória de Joe Biden. Os analistas da LPL Financial observam que esta configuração parece agradar Wall Street, pois tira da mesa a pretensão de Biden de elevar impostos para empresas e ainda de fazer mudanças regulatórias em alguns setores.
"Achamos que Joe Biden sairá vencedor", afirmam os analistas do TD Bank. Porém, eles não descartam a possibilidade de o resultado nas urnas ser judicialmente contestado por Donald Trump, o que pode causar forte volatilidade nos mercados nos próximos dias. Na tarde de hoje, o republicano pediu a paralisação da apuração em Michigan e a recontagem dos votos em Wisconsin, mas os pedidos não tiveram maiores impactos nos mercados.
"A disputa é acirrada, mas pairam no ar incertezas e receios de que a judicialização da eleição possa arrastar por mais tempo a sua definição", afirma o economista da Advanced Corretora de Câmbio, Alessandro Faganello.
Com chance de contestação das eleições, a euforia observada hoje nos mercados pode rapidamente mudar, alertam os estrategistas da gestora BlackRock, prevendo volatilidade nos ativos pela frente. Além da incerteza provocada pelo ida do pleito à Suprema Corte, o mercado pode voltar a questionar a viabilidade de uma pacote de estímulos, além de voltar a monitorar os casos de Covid no país, que seguem em crescimento.
No mercado doméstico, os estrategistas do Citigroup observam que a aprovação da autonomia do BC é positiva, assim como a votação dos vetos, na medida em que as eleições municiais pararam o andamento de reformas mais amplas, abrindo espaço para a agenda micro. Ainda nas notícias positivas, eles destacam que o crescimento da produção industrial em setembro, acima do esperado, é novo indício da recuperação em V da atividade.
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