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conjuntura

- Publicada em 28 de Outubro de 2020 às 03:00

Dívida Pública Federal sobe 2,59% em setembro, chegando a R$ 4,523 trilhões

A necessidade de recursos em caixa para cobrir os gastos extras com a pandemia de Covid-19 continuou a pressionar a dívida pública em setembro, com o Tesouro Nacional emitindo títulos acima da média histórica. A Dívida Pública Federal (DPF) subiu, em termos nominais, 2,59%, passando de R$ 4,412 trilhões para R$ 4,527 trilhões.
A necessidade de recursos em caixa para cobrir os gastos extras com a pandemia de Covid-19 continuou a pressionar a dívida pública em setembro, com o Tesouro Nacional emitindo títulos acima da média histórica. A Dívida Pública Federal (DPF) subiu, em termos nominais, 2,59%, passando de R$ 4,412 trilhões para R$ 4,527 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública em títulos no mercado interno, subiu 1,35% em setembro, passando de R$ 4,118 trilhões para R$ 4,174 trilhões.
A alta deve-se, segundo o Tesouro, à emissão líquida de R$ 80,55 bilhões na DPMFi. Além disso, houve a apropriação positiva de juros (quando os juros da dívida são incorporados ao total mês a mês), no valor de R$ 26,2 bilhões.
A emissão líquida de títulos da Dívida Pública Mobiliária Interna deu-se pela diferença entre o total de novos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional - R$ 155,27 bilhões - em relação ao volume de títulos resgatados (embolsado pelos investidores), que somou R$ 74,57 bilhões. De acordo com o Tesouro Nacional, tanto as emissões totais como as emissões líquidas registraram o segundo maior volume da história em setembro, só perdendo para julho de 2020.
A alta de 3,09% do dólar no mês passado fez o estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), em circulação no mercado internacional, subir 3,21%, de R$ 238,25 bilhões em agosto para R$ 245,89 bilhões em setembro.
Este ano, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá ficar entre R$ 4,6 trilhões e R$ 4,9 trilhões, segundo a versão revisada do Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública para 2020. Em setembro, o Tesouro emitiu R$ 135,65 bilhões de papéis prefixados a mais do que resgatou. No mesmo mês, o governo resgatou R$ 66,49 bilhões em títulos corrigidos pela Selic. Segundo o Tesouro, a alta da inflação dos alimentos explica em parte a migração de títulos corrigidos pela Selic para os papéis prefixados.
Com os juros básicos em 2% ao ano, o Brasil corre risco de encerrar o ano com juros reais (diferença entre juro e inflação) negativos caso a inflação feche 2020 em 3%. Dessa forma, quem aplica em títulos atrelados à Selic corre o risco de perder dinheiro pela primeira vez na história.

BC faz penúltima reunião do Copom deste ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) encerra hoje, em Brasília, a penúltima reunião de 2020 para definir a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 2% ao ano, seu mínimo histórico. O encontro foi iniciado na terça-feira.
A última reunião deste ano será nos dias 8 e 9 de dezembro. Segundo a pesquisa mais recente do BC ao mercado financeiro, no Relatório Focus, a expectativa é que a Selic se mantenha em 2% ao ano até o final de 2020. Para o fim de 2021, estima-se que a taxa básica chegue a 2,75% ao ano.
O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.
A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). O Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto - comprando e vendendo títulos públicos federais - para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.