Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 27 de Outubro de 2020 às 03:00

Juro no crédito livre cai a 25,7% em setembro e cheque especial sobe a 114,2%

Em meio aos efeitos da pandemia do coronavírus sobre a economia, a taxa média de juros no crédito livre caiu de 26,5% ao ano em agosto para 25,7% ao ano em setembro, segundo o Banco Central. Em setembro de 2019, essa taxa estava em 36,1% ao ano.
Em meio aos efeitos da pandemia do coronavírus sobre a economia, a taxa média de juros no crédito livre caiu de 26,5% ao ano em agosto para 25,7% ao ano em setembro, segundo o Banco Central. Em setembro de 2019, essa taxa estava em 36,1% ao ano.
Os dados apresentados pelo BC são influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população e reduziu a atividade das empresas - em especial, nos meses de março e abril. Em meio à carência de recursos, famílias e empresas aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos. Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 39,0% para 38,0% ao ano de agosto para setembro, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 12,1% para 11,4% ao ano.
Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 112,6% ao ano para 114,2% ao ano de agosto para setembro. No crédito pessoal, a taxa passou de 30,0% para 29,5% ao ano. Desde julho de 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Desde 6 de janeiro de 2020, o BC aplica uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao ano (151,82% ao ano).
Além da limitação do juro, os dados desta segunda-feira refletem uma revisão realizada na série histórica do BC. De acordo com a autarquia, os números passaram a considerar o fato de alguns bancos cobrarem juro no cheque especial apenas após dez dias de atraso no pagamento da fatura. Antes, era considerado todo o período de atraso. Esta mudança fez com que o nível do juro no cheque especial, na nova série histórica, fosse menor em anos anteriores.
A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 18,6% ao ano em agosto para 18,1% ao ano em setembro. Em setembro de 2019, estava em 24,0%.
Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) caiu 0,5 ponto porcentual em setembro ante agosto, aos 17,4% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.
O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou em 47,5% em julho, ante 46,7% em junho, informou o Banco Central. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 27,6% em julho, ante 27,3% em junho. O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.
Em função da metodologia utilizada, os números de endividamento sempre são divulgados com apenas um mês de defasagem. A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) caiu de 1,7% para 1,4% na passagem de agosto para setembro. No crédito direcionado para empresas, a inadimplência passou de 2,2% para 1,5%.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO