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Economia

- Publicada em 15 de Outubro de 2020 às 08:16

Bolsas da Europa recuam com tensão por Covid-19, em dia crucial para Brexit

Data limite para saída do bloco imposta por Boris Johnson causa mau humor nos investidores

Data limite para saída do bloco imposta por Boris Johnson causa mau humor nos investidores


Tolga AKMEN/AFP/JC
Agência Estado
As bolsas na Europa têm queda generalizada nesta quinta-feira (15), refletindo o temor do mercado com os impactos econômicos de uma segunda onda da Covid-19 e um novo "lockdown" — até então tido como improvável. Crescem medidas de restrição mais duras para conter o vírus no Velho Continente, com toque de recolher em Paris, enquanto a região ultrapassou os Estados Unidos em novas infecções, batendo o recorde de 100.000 casos por dia. O mau humor dos investidores predomina em um dia chave para o Brexit, como é chamada a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), com a data limite imposta pelo primeiro ministro britânico, Boris Johnson, para um acordo com o bloco.
As bolsas na Europa têm queda generalizada nesta quinta-feira (15), refletindo o temor do mercado com os impactos econômicos de uma segunda onda da Covid-19 e um novo "lockdown" — até então tido como improvável. Crescem medidas de restrição mais duras para conter o vírus no Velho Continente, com toque de recolher em Paris, enquanto a região ultrapassou os Estados Unidos em novas infecções, batendo o recorde de 100.000 casos por dia. O mau humor dos investidores predomina em um dia chave para o Brexit, como é chamada a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), com a data limite imposta pelo primeiro ministro britânico, Boris Johnson, para um acordo com o bloco.
Depois de fecharem em baixa, os mercados abriram no vermelho e acentuaram o ritmo de baixa, alinhados com os índices futuros de Wall Street em meio ao impasse fiscal nos Estados Unidos. Às 6h58min de Brasília, o índice pan-europeu Stoxx 600 amargava queda de 2,19%, aos 362,52 pontos. O grave aumento de novos casos de Covid-19 e, como reflexo, as medidas para conter a temida segunda onda, minaram a esperança dos investidores de que os ativos europeus poderiam ter desempenho melhor, trazendo-os para a realidade. Se antes um novo "lockdown" na Europa era praticamente descartado, agora, já preocupa - e muito.
Novas medidas de estímulo no bloco além da expectativa de um acordo fiscal nos Estados Unidos vinham mantendo o otimismo dos mercados na Europa, com a Covid-19 em segundo plano. "Uma explosão de novas restrições ao movimento em toda a Europa para conter o recorde de 100.000 casos de coronavírus por dia vai prejudicar a economia e o otimismo dos investidores desmoronou", destaca o chefe de pesquisa do London Capital Group (LCG), Jasper Lawler.
A preocupação com a Covid-19 toma conta dos mercados europeus em um dia crucial para o Brexit, que se arrasta desde 2016. O premiê do Reino Unido estabeleceu a data de 15 de outubro como o limite para que britânicos e europeus definissem um pacto comercial que vigoraria a partir de 2021. Este dia chegou e, embora a falta de acordo não seja a melhor saída, bancos e analistas na Europa consideram um prazo maior, agora até o início de novembro, para um desfecho - apesar de restarem pouco mais de dois meses para o fim do período de transição do divórcio do Reino Unido.
O deadline do Brexit coincide com a reunião de líderes da União Europeia em sua cúpula em Bruxelas, entre hoje e amanhã, e deve ser a questão-chave do primeiro dia do encontro. Apesar de ambos os lados não cederem nas negociações, garantem objetivo único de um acordo desde que não seja a "qualquer preço", como afirmou ontem a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em sua conta no Twitter.
A sinalização do Reino Unido de que seguiria na mesa de negociações para um acordo comercial com a União Europeia serviu de suporte à libra, que se recuperou ontem, mas hoje opera em queda frente ao dólar. A moeda está sob pressão de baixa, em compasso de espera por um acordo em torno do Brexit.
Também às 6h58 (no horário de Brasília), o índice Dax, de Frankfurt, liderava as quedas, com baixa de 2,84%, aos 12.657,60 pontos, em meio à piora da confiança na economia alemã. Em Paris, o índice CAC-40 tinha queda de 2,20%, aos 4.832,98 pontos, após a França decretar toque de recolher na capital francesa e em mais oito cidades para conter uma segunda onda de Covid-19.
O índice FTSE-100, de Londres, operava em queda de 2,27%, aos 5.800,45 pontos, com o setor financeiro contribuindo para a queda. As ações do Lloyds Banking Group tinha baixa de 2,94% enquanto os papéis do Barclays cediam 2,61%. Nas demais praças do Velho Continente, o FTSE-MIB, de Milão, recuava 2,42%, o Ibex-35, de Madri, tinha queda de 2,06% e o PSI-20, de Lisboa, de desvalorizava 1,63%.
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