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Economia

- Publicada em 13 de Outubro de 2020 às 09:34

Mercado projeta maior inflação em 2020 e leve alta do PIB

Preços de alimentos como o do arroz são um dos ingredientes que vêm pressionando a inflação

Preços de alimentos como o do arroz são um dos ingredientes que vêm pressionando a inflação


PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC/
Agência Estado
Os economistas do mercado financeiro alteraram as projeções da inflação oficial e do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. O IPCA teve a maior revisão para cima, passando de 2,12% para 2,47% para o ano, segundo o Relatório de Mercado Focus. A expectativa para a economia este ano passou de retração de 5,02% para queda de 5,03%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,11%.
Os economistas do mercado financeiro alteraram as projeções da inflação oficial e do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. O IPCA teve a maior revisão para cima, passando de 2,12% para 2,47% para o ano, segundo o Relatório de Mercado Focus. A expectativa para a economia este ano passou de retração de 5,02% para queda de 5,03%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,11%.
A mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano foi de R$ 5,25 para R$ 5,30, ante R$ 5,25% de um mês atrás. Para 2021, a projeção dos economistas do mercado financeiro para o câmbio passou de R$ 5,00 para R$ 5,10, ante R$ 5,00 de quatro pesquisas atrás.
Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar. No Focus divulgado nesta terça-feira (13) a projeção para a produção industrial de 2020 foi de baixa de 6,30% para retração de 6,00%. Há um mês, estava em baixa de 6,90%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 4,53%, ante 5,50% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 67,55% para 67,00%. Há um mês, estava em 67,50%. Para 2021, a expectativa foi de 70,00% para 69,20%, ante 69,95% de um mês atrás.
Na revisão do IPCA, vale indicar que há um mês, o Focus indicava alta de 1,94%. A projeção para o índice em 2021 foi de 3,00% para 3,02%. Quatro semanas atrás, estava em 3,01%. O relatório trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções também eram de 3,50% e 3,25%, nesta ordem.
A projeção dos economistas para a inflação ainda está bem abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
Na última sexta-feira (9), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de setembro foi de 0,64%. Em 12 meses, a taxa acumulada está em 3,14%. Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 2,23% para 2,77%. Para 2021, a estimativa do Top 5 passou de 3,20% para 3,17%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 1,95% e 3,20%, respectivamente.
No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 foi de 3,48% para 3,50%, ante 3,48% de um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 passou de 3,50% para 3,38%, ante 3,50% de quatro semanas antes.

Relação do déficit primário e PIB recuou levemente

O Relatório de Mercado Focus trouxe, ainda, alteração na projeção para o resultado primário do governo em 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano foi de 12,05% para 12,00%. No caso de 2021, seguiu em 3,00%. Há um mês, os porcentuais estavam em 12,00 % e 2,80%, respectivamente. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2020 foi de 15,70% para 15,80%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, permaneceu em 3,00%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 15,30% e 6,50%, nesta ordem.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Selic se mantém no mesmo patamar 

Os economistas mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2020. A mediana das previsões para a Selic neste ano seguiu em 2,00% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic no fim de 2021 seguiu em 2,50% ao ano, igual a quatro semanas atrás. No caso de 2022, a projeção seguiu em 4,50% ao ano, valor igual ao de um mês antes. Para 2023, permaneceu em 5,50%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás.
Em setembro, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou que "a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado", mas "devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno".
Em função disso, conforme o BC, "eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva". No grupo dos analistas que mais acertam as projeções de médio prazo no Focus (Top 5), a mediana da taxa básica em 2020 seguiu em 2,00% ao ano, igual a um mês antes.
No caso de 2021, permaneceu em 2,00% ao ano, igual a quatro semanas atrás. A projeção para o fim de 2022 no Top 5 permaneceu em 4,00%. Há um mês, estava no mesmo patamar. No caso de 2023, foi de 4,63% para 4,75%, ante 5,00% de quatro semanas antes.
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