A reabertura do comércio em julho mais no interior e em agosto em Porto Alegre conseguiu, por enquanto, segurar maior queda do varejo gaúcho. A Pesquisa Mensal do Comércio, calculada pelo IBGE, apontou recuo leve de 0,2% em agosto, no confronto com julho.
Além do Rio Grande do Sul, Tocantins, no Norte, também teve redução, de 2,4%.Os dados regionais para comparação com o mesmo mês do ano passado, do ano e 12 meses e por setor ainda não forma divulgados pelo IBGE.
O IBGE indica que houve crescimento nas vendas em 25 das 27 unidades da federação. A média do País mostrou aumento de 3,4% no setor. Frente a agosto de 2019, a alta é maior, de 6,1%. No ano, há recuo de 0,9%, mas em 12 meses, há avanço leve de 0,5%.
O comércio de confecções liderou em percentual de elevação, com avanço de 30,5% no cenário nacional, mas cai 6,5% frente a agosto de 2019. No País, a venda de confecções liderou, com alta de 36,3%, logo depois vem itens de uso doméstico, com 18,9%. Já as maiores quedas nas vendas foram de livros, jornais e papelaria de 43,2%, equipamentos para escritório, de 11,8%, e de combustíveis, de 9,1%.
Já o comércio varejista ampliado, que inclui materiais de construção e revendas de veículos, cresceu 4,6% no País, com alta em 26 das 27 unidades da federação.
Em Porto Alegre, setores do comércio e serviços relataram, em videoconferência com a prefeitura, que as vendas estão entre 30% e 40% do que seria o normal ou frente a 2019. Em shopping centers, mais de 40% abaixo.
O presidente da CDL-POA, Irio Piva, aponta vendas até acima do normal em segmentos como o de pneus e colchões. "Calçados e vestuário sofrem muito. O maior problema é dentro de shoppings, com movimento muito fraco, máximo de 60% do valor de 2019, aquelas em situação melhor", pontuou o presidente da CDL-POA.