O dólar à vista passou a subir na manhã desta quinta-feira (8) após o total de pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA, de 840 mil, acima da previsão dos analistas (825 mil), reforçando a percepção de dificuldades na recuperação na economia do país. Nos primeiros negócios, o viés foi de baixa, em linha com a queda do dólar ante outras divisas emergentes e ligadas a commodities, em meio a otimismo com a possibilidade de novos estímulos fiscais nos EUA e Europa. Às 9h57min desta quinta, o dólar à vista subia 0,12%, a R$ 5,6329. O dólar futuro de novembro avançava 0,28%, a R$ 5,6330.
Na Europa, mais cedo, a ata da última reunião de política monetária do BCE bem como a fala do presidente do Banco da Inglaterra reforçam as expectativas de novos estímulos, o que deixa o índice DXY rondando a estabilidade, ora com viés de alta ora de baixa.
No Brasil, os dados do varejo vieram mistos. As vendas do comércio varejista subiram 3,4% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, acima da mediana positiva de 3,20%. Na comparação com agosto de 2019, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 3,10% em agosto de 2020, bem abaixo da mediana esperada, de 6,30%. As vendas do varejo restrito acumularam recuo de 0,9% no ano e alta de 0,5% em 12 meses.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fica no radar. Ele tem se mostrado o membro do governo mais preocupado com o desajuste fiscal e participa de mais um evento com profissionais de mercado, mas fechado à imprensa.