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Economia

- Publicada em 06 de Outubro de 2020 às 13:30

Arroz e óleo de soja já subiram quase 70% nos supermercados de Porto Alegre em 2020

O arroz liderou as maiores elevações na Capital gaúcha; somente em setembro subiu quase 20%

O arroz liderou as maiores elevações na Capital gaúcha; somente em setembro subiu quase 20%


PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC/
Patrícia Comunello
Haja bolso e criatividade para as famílias substituírem os alimentos que não param de subir de preço. A alta acumulada dos preços do arroz e do óleo de soja nos supermercados de Porto Alegre já chega a quase 70% em 2020 para cada item, aponta pesquisa da cesta básica, apurada pelo Dieese e divulgada nesta terça-feira (6). O arroz tem o maior percentual no ano, mas o óleo é o campeão em 12 meses.
Haja bolso e criatividade para as famílias substituírem os alimentos que não param de subir de preço. A alta acumulada dos preços do arroz e do óleo de soja nos supermercados de Porto Alegre já chega a quase 70% em 2020 para cada item, aponta pesquisa da cesta básica, apurada pelo Dieese e divulgada nesta terça-feira (6). O arroz tem o maior percentual no ano, mas o óleo é o campeão em 12 meses.
Aumento de consumo na pandemia, sustentado pela refeição que passou a ser feita mais em casa e menos fora, e mais ainda das exportações, para suprir a queda da oferta em outras regiões do mundo e ainda aproveitar preços valorizados, 'alimentaram' o atual estágio de preços aquecidos, principalmente no arroz.
O quilo do arroz para o consumidor já subiu 67,7% em nove meses. Em 12 meses, o avanço é de 69,5%.  Somente em setembro, a elevação do arroz é de 19,7%, conforme antecipou o Jornal do Comércio.
O óleo ficou 67,51% mais caro este ano, sendo que, no mês passado, teve alta de 19,41%. Em 12 meses, o frasco de 900 mililitros do ingrediente usado em frituras principalmente, soma elevação de 76%, maior percentual entre os 13 alimentos da cesta básica.
Com as altas, o arroz também alimenta a inflação. O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), divulgado nesta terça e que mostra impactos de aumentos entre famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos, subiu 0,89% em setembro, no ano acumula 3,13% e, em 12 meses, avanço é de 4,54%. Arroz e feijão contribuíram com 10,64% da alta em alimentos. O IPCA, que é o índice oficial, sai na sexta-feira.
Segundo o Dieese, a cesta custou R$ 552,86 para ser comprada pelos moradores em setembro, com alta de 4,6% no mês, de 9,25% no ano e 20,% em 12 meses. Porto Alegre aparece com a quarta cesta mais cara entre 17 capitais pesquisadas pelo Dieese.   
O feijão, que faz a clássica dobradinha na mesa com o arroz, não chega a níveis dos dois líderes das altas, mas também está com preço mais salgado. No mês, o grão subiu 5%, no ano já acumula 57,4% e 55,1% em 12 meses.      
Na lista dos produtos que ficaram mais caros, estão tomate, que teve a maior alta, de 29,11% - com efeito da entressafra -. banana (17,76%), manteiga (3,87%), leite (2,97%), café (2,42%), farinha de trigo (2,05%) e açúcar (0,39%). Os itens com queda foram batata (-22,11%), carne (-0,49) e pão (-0,32%).
O porto-alegrense teve de trabalhar 116 horas e 23 minutos para comprar uma cesta. O valor ainda representa 57,19% do salário mínimo. 
Entre as 17 capitais incluídas na pesquisa, Florianópolis teve o maior valor da cesta, de R$ 582,40, alta de  9,8%. Depois vem o Rio de Janeiro, valendo R$ 563,75, aumento de 6,42%. São Paulo aparece em terceiro lugar, com o conjunto de itens valendo R$ 563,35, aumento de 4,33%.
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