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Economia

- Publicada em 05 de Outubro de 2020 às 18:19

Juros fecham em queda com melhora da percepção de risco sobre Renda Cidadã

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 terminou com taxa de 4,67%

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 terminou com taxa de 4,67%


GERD ALTMANN/PIXABAY/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
Os juros futuros fecharam o dia em baixa, devolvendo boa parte dos prêmios de risco adicionados na sexta-feira, quando os níveis de tensão com o cenário fiscal e político dispararam. Hoje, o mercado deu um voto de confiança ao governo com base na afirmação do senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que abarcará o Renda Cidadã, de que quaisquer soluções de financiamento do programa precisarão observar o teto de gastos. Também favoreceu a trajetória de queda o bom humor no exterior, dada a expectativa de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acometido por Covid, teria alta hospitalar ainda hoje, confirmada no meio da tarde, e em torno do acordo para o pacote fiscal norte-americano.
Os juros futuros fecharam o dia em baixa, devolvendo boa parte dos prêmios de risco adicionados na sexta-feira, quando os níveis de tensão com o cenário fiscal e político dispararam. Hoje, o mercado deu um voto de confiança ao governo com base na afirmação do senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que abarcará o Renda Cidadã, de que quaisquer soluções de financiamento do programa precisarão observar o teto de gastos. Também favoreceu a trajetória de queda o bom humor no exterior, dada a expectativa de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acometido por Covid, teria alta hospitalar ainda hoje, confirmada no meio da tarde, e em torno do acordo para o pacote fiscal norte-americano.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 terminou com taxa de 4,67%, ante 4,855% no ajuste anterior e a do DI para janeiro de 2022 caiu de 3,405% para 3,23%. O DI para janeiro de 2025 fechou com taxa de 6,51%, de 6,715%, e a do DI para janeiro de 2027 terminou a 7,44%, de 7,604%.
Pela manhã, as taxas de curto e médio prazo davam continuidade ao estresse da sessão anterior, ainda pressionadas pela a indefinição sobre o Renda Cidadã e repercutindo as divergências entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), enquanto a ponta longa recuava, respondendo ao exterior. No fim da primeira etapa, o cenário começou a desanuviar, após o término da reunião entre Guedes e Bittar, que havia estado mais cedo com o ministro Marinho, o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Bittar afirmou que a proposta da Renda Cidadã estará dentro do teto no relatório que será apresentado na quarta-feira (7) e que toda a demanda relacionada programa terá que passar pelo "carimbo" da equipe de Guedes.
Foi a senha para as taxas inverterem a mão e passarem a recuar com força, especialmente no miolo da curva que vinha sendo principal alvo das zeragens de posições. O DI para janeiro de 2023 chegou a recuar mais de 30 pontos-base na mínima do dia. "Aquela sensação de ruptura da quinta e sexta, com Campos Neto ameaçando o forward guidance e Guedes em conflito com ministro Marinho e com Maia esfriou, e hoje temos tudo mais calmo com sinais de convergência dentro do governo para a continuidade do teto", disse o operador de renda fixa da Terra Investimentos Paulo Nepomuceno.
As taxas, porém, não devolveram na íntegra tudo o que avançaram na sexta e o volume de contratos, embora hoje acima da média para uma segunda-feira, não foi tão forte também quanto na subida na sexta. Para Nepomuceno, ainda que Executivo e Legislativo hoje tenham "acendido o cachimbo da paz", "depois de tudo o que aconteceu na semana passada" é difícil ver os prêmios voltarem ao que eram enquanto não houver ações
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