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Economia

- Publicada em 05 de Outubro de 2020 às 03:00

Mercado de espumantes aposta nas festas para impulsionar vendas

Bebida a característica de ser consumida mais em eventos ou festividades

Bebida a característica de ser consumida mais em eventos ou festividades


/ALEXANDRA UNGARATTO/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Adriana Lampert
A expectativa é de que o fim de ano ajude a recuperar as perdas que o segmento de espumantes enfrentou com a retração de consumo, decorrente da pandemia. Sem eventos como casamentos, formaturas e outras celebrações, as vinícolas perderam parte importante dos compradores. Mas com a chegada da primavera e um clima mais ameno, a procura por espumantes ganha espaço nos canais de venda, que já se preparam para o período de festas de final de ano e início do verão. Dados da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra) apontam que as vendas de espumantes brut mais que dobraram o volume dos 30 dias anteriores, passando de 579.935 litros para 1.179.317 litros. Os moscatéis também registraram um aumento de 73%, chegando a 743.531 litros.

A expectativa é de que o fim de ano ajude a recuperar as perdas que o segmento de espumantes enfrentou com a retração de consumo, decorrente da pandemia. Sem eventos como casamentos, formaturas e outras celebrações, as vinícolas perderam parte importante dos compradores. Mas com a chegada da primavera e um clima mais ameno, a procura por espumantes ganha espaço nos canais de venda, que já se preparam para o período de festas de final de ano e início do verão. Dados da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra) apontam que as vendas de espumantes brut mais que dobraram o volume dos 30 dias anteriores, passando de 579.935 litros para 1.179.317 litros. Os moscatéis também registraram um aumento de 73%, chegando a 743.531 litros.

Ainda que o principal canal de venda de espumantes ao consumidor seja o varejo supermercadista - único que se manteve sem fechar desde que o surto do novo coronavírus iniciou no País - a demanda pela bebida sofreu queda durante o primeiro semestre, confirma o presidente da Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes (Apromontes), Filipe Panizzon. Localizadas nas cidades de Flores da Cunha e Nova Pádua, na Região dos Altos Montes, as dez vinícolas que integram a entidade tiveram perdas no segmento. Por outro lado, faltou vinho para suprir a demanda em todas as vinícolas, muitas ficaram com seus estoques baixos, outras reajustaram preços para regular oferta e demanda.

De acordo com a Uvibra, as vinícolas gaúchas venderam 1.138.456 litros de vinhos finos a menos em agosto se comparado a julho, melhor mês do ano com uma performance de 3.830.598 litros. Mesmo assim, os oito meses deste ano já ultrapassam todas as vendas do ano passado. São mais de 17 milhões de litros só de vinhos finos, 67,71% mais que no mesmo período do ano passado. "Isso se deu porque 90% das compras foram realizadas em supermercados", pondera Panizzon. "Já o espumante tem a característica de ser consumido mais em eventos ou festividades."

O dirigente não estima o percentual de queda na venda da bebida, mas emenda que a perspectiva para o último trimestre é boa. "Nossa perspectiva é de que vai aumentar a venda dos espumantes, mesmo que as comemorações de final de ano seja realizadas em casa." Panizzon afirma que o desempenho só não foi pior porque muitas vinícolas migraram para vendas online. "Ainda não há uma projeção em valores ou percentuais sobre as expectativas de vendas de espumantes para o fim de ano", contribui o gerente de Marketing da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Maiquel Vignatti.

"Mas último trimestre do ano é, tradicionalmente, o mais expressivo nas vendas de espumantes, uma vez que ocorre o abastecimento do varejo para atender a demanda de consumo, que cresce em função das festividades que ocorrem no período", pondera Vignatti. O gestor comenta que não há números sobre a venda de espumantes porque muitas das fontes de fomento de consumo cessaram, a exemplo dos eventos. "A expectativa é que no início de outubro já iniciem as vendas para as redes de supermercados", afirma a gerente de Marketing da vinícola Mioranza, Duda Rocha. Segundo ela, mesmo com a reabertura dos bares e restaurantes a venda segue tímida.

"Com a abertura dos restaurantes, mesmo que com parte da capacidade, não esperávamos a redução da venda de vinhos, que também pode estar associada ao aumento dos espumantes", observa o presidente da Uvibra, Deunir Argenta.

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