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Economia

- Publicada em 23 de Setembro de 2020 às 03:00

Redução abrupta de auxílios do governo pode atrasar retomada, diz ata do Copom

Retirada de benefícios pode colocar em risco plano de retomada

Retirada de benefícios pode colocar em risco plano de retomada


MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/JC
Na ata da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira, o Banco Central afirmou que a redução abrupta e desorganizada dos auxílios do governo, criados para socorrer aqueles que tiveram prejuízos com a pandemia do novo coronavírus, podem atrasar a retomada econômica. "Uma possível redução abrupta e não organizada dos estímulos governamentais pode atrasar a recuperação da demanda por bens e o processo de recomposição de estoques. Ao mesmo tempo, a própria evolução da pandemia da Covid-19 pode atuar como um limitante para o pleno funcionamento do setor de serviços", avaliou o texto.
Na ata da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira, o Banco Central afirmou que a redução abrupta e desorganizada dos auxílios do governo, criados para socorrer aqueles que tiveram prejuízos com a pandemia do novo coronavírus, podem atrasar a retomada econômica. "Uma possível redução abrupta e não organizada dos estímulos governamentais pode atrasar a recuperação da demanda por bens e o processo de recomposição de estoques. Ao mesmo tempo, a própria evolução da pandemia da Covid-19 pode atuar como um limitante para o pleno funcionamento do setor de serviços", avaliou o texto.
Em relação à atividade econômica, o Copom ponderou que indicadores recentes sugerem uma recuperação parcial, mas que os setores mais diretamente afetados pelo distanciamento social permanecem deprimidos. Além disso, reforçou a preocupação com o fim dos auxílios emergenciais do governo. "A recomposição da renda e os demais programas do governo vêm permitindo que a economia brasileira se recupere relativamente mais rápido que a dos demais países emergentes. Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais", trouxe o documento.
"Prospectivamente, a pouca previsibilidade associada à evolução da pandemia e à necessária redução nos auxílios emergenciais a partir do final desse ano aumentam a incerteza sobre a velocidade de retomada da atividade econômica. O comitê ponderou que esta imprevisibilidade e os riscos associados à evolução da pandemia podem implicar um cenário doméstico caracterizado por uma retomada ainda mais gradual da economia", afirmou a autoridade monetária.
Na decisão da reunião, publicada no dia 16, quando o Copom manteve a taxa Selic a 2% ao ano, o BC destacou, pela primeira vez desde a chegada do vírus ao país, que a inflação deve se elevar no curto prazo. O colegiado falou novamente da pressão inflacionária na ata. Além de alimentos, há também pressão da normalização de alguns serviços após a flexibilização do distanciamento social no índice de preços.
Por causa da pandemia, alguns serviços tiveram preços reduzidos e, com o relaxamento do distanciamento e reabertura dos estabelecimentos, voltaram ao normal. "A inflação ao consumidor deve se elevar no curto prazo. Contribuem para esse movimento a alta temporária nos preços dos alimentos e a normalização parcial do preço de alguns serviços em um contexto de recuperação dos índices de mobilidade e do nível de atividade", disse o texto.
O BC ressaltou ainda que os preços administrados devem apresentar variação contida e destacou o recuo nas tarifas de plano de saúde em setembro e a projeção de queda na gasolina a partir de outubro, que puxariam a inflação para baixo. O colegiado considerou que a pandemia deve continuar a ter efeitos diferentes sobre os setores econômicos e setor de serviços deve apresentar maior ociosidade (baixa atividade) que os demais.
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